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Conclusões do 11º Colóquio Nacional do Milho / 1º Encontro das Culturas Cerealíferas

O 11º Colóquio Nacional do Milho, que foi também o 1º Encontro das Culturas Cerealíferas, reuniu a 05 de Março, via plataformas digitais, um número record de 1.165 participantes. De entre esta numerosa assistência, destacamos o elevado número de docentes e estudantes das diversas instituições de ensino superior e técnico-profissional agrário, num esforço de aproximação entre a futura geração de agricultores e técnicos agrícolas e o mundo empresarial, representado pela ANPROMIS e pela ANPOC.

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, marcou presença na Sessão de Encerramento do Colóquio, realçando não só a importância do sector dos cereais para a nossa soberania alimentar, mas também a mobilização do Governo na implementação da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção dos Cereais.

Face aos temas abordados, a ANPROMIS e a ANPOC concluem:

  1. A organização do 11º Colóquio Nacional do Milho que foi também o 1º Encontro das Culturas Cerealíferas, constituiu um forte sinal de que a fileira dos cereais está unida e partilha dos mesmos objectivos e estratégias;
  2. A realização deste colóquio no Instituto Superior de Agronomia traduz não só o reconhecimento da importância que a academia e a investigação agrária têm para os produtores de cereais, como também a necessidade premente de se estreitar a colaboração e o envolvimento entre todos os agentes do sector agrícola nacional;
  3. A água representa um bem essencial para a sobrevivência da cultura do milho e da agricultura de regadio, sendo fundamental que o nosso país planeie de forma atempada e ponderada o aumento da capacidade de armazenamento deste precioso, mas escasso recurso natural;
  4. Os especialistas em clima e água revelaram no colóquio que os anos de seca extrema se repetem com cada vez maior frequência (6 nos últimos 20 anos) em Portugal e que mais de 50% da água que corre nos nossos rios depende das afluências dos rios espanhóis;
  5. O consumo de água pelo sector agrícola tem decrescido, denotando uma maior eficiência no uso deste escasso recurso. Em contrapartida, o consumo urbano mantém a sua tendência de crescimento;
  6. O aumento da procura de matérias-primas a  nível  mundial,  entre  os  quais  os  cereais,  convocam  os produtores nacionais a aumentar a área a semear, para ir ao encontro das necessidades da agro-indústria nacional;
  7. Os stocks mundiais de milho estão ao nível mais baixo dos últimos 7 anos, com a China a pressionar
    fortemente o mercado, numa estratégia que se prevê de longo prazo (no último ano a China praticamente quintuplicou as importações de milho, de 7 M ton para 30 M ton), revelou o especialista do Rabobank no colóquio. Paralela- mente, o fenómeno climático La Niña, cujos efeitos se prevê continuem nos próximos meses, a seca no Brasil e nos EUA, conjugam-se, fazendo antever uma previsível baixa da produção de cereais na actual campanha e a consequente subida dos preços;
  8. A valorização da produção nacional de cereais e a constituição de novas estruturas de comercialização, entre as quais a criação de uma Interprofissional para os cereais, afigura-se uma aposta extremamente importante para o nosso país, como forma de valorizar a produção nacional ao longo dos diversos elos da cadeia agro-alimentar;
  9. As  Organizações de Produtores (OP), como estruturas de concentração da oferta, são essenciais à competitividade da agricultura portuguesa e o seu contributo deve ser reconhecido através do reforço das suas atribuições no âmbito da futura Política Agrícola Comum. Efectivamente o papel das OP revela-se vital para reforçar o stock alimentar estratégico nacional, mais essencial ainda em períodos críticos como é a actual pandemia.

9h30 | Sessão de Abertura (Veja aqui o filme desta Sessão)
José Pimentel (Vice-Presidente do ISA)
José Palha (Presidente da ANPOC)
Jorge Neves (Presidente da ANPROMIS)

10h00 | A importância da gestão integrada dos recursos hídricos em contexto de alterações climáticas (Veja aqui o filme desta Sessão)
Moderadora: Filipa Dias (CLAB)
Orador: Rodrigo Proença de Oliveira (Instituto Superior Técnico) (Consulte aqui a apresentação)
Comentadores:
José Pimenta Machado (Vice-Presidente da APA)
Miguel Miranda (Presidente do IPMA)
Pedro Cunha Serra (TPF Planege)

11h00 | O mercado mundial de cereais: que perspectivas para os próximos anos? (Veja aqui o filme desta Sessão)
Moderadora: Elisabete Tavares (Dinheiro Vivo)
Orador: Michael Magdovitz (Rabobank Research) (Consulte aqui a apresentação)
Comentadores:
Antonio Catón (Cooperativas Agro-Alimentarias de España)
José Romão Braz (Presidente da IACA)

12h15 | Breve apresentação dos resultados do projecto QualiMilho (Veja aqui o filme desta Sessão)
Interveniente: Carla Moita Brites (INIAV) (Consulte aqui a apresentação)

12H30 | Intervalo para almoço

14h30 | A valorização da produção nacional de cereais – que desafios para o futuro?  (Veja aqui o filme desta Sessão)
Moderador: Pedro Santos (Consulai)
Intervenientes:
João Miguel Monteiro (Moagem Ceres)
José Maria Rasquilha (ANPOC)
Ondina Afonso (Sonae MC)
Rita Costa (Sociedade Central de Cervejas e Bebidas)

16h00 | A produção de cereais no âmbito da nova Política Agrícola Comum (Veja aqui o filme desta Sessão)
Moderador: Francisco Gomes da Silva (ISA)
Orador: Pierre Bascou (Comissão Europeia) (Consulte aqui a apresentação)
Comentadores:
Eduardo Diniz (Director-geral do GPP)
Luís Mira (Secretário-geral da CAP)

17h00 | Sessão de Encerramento (Veja aqui o filme desta Sessão)
Jorge Neves (Presidente da ANPROMIS)
Eduardo Oliveira e Sousa (Presidente da CAP)
Maria do Céu Antunes (Ministra da Agricultura)

Conclusões 10º Colóquio Nacional do Milho 2020


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