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Herdade da Comporta, elegância e sentido de lugar

A estrada Nacional 261 traça uma quase recta do Carvalhal à península de Troia. Quem a percorre dificilmente deixará de reparar na extensão de arrozal a acompanhar o seu lado poente, ou nas moradias de traço contemporâneo que despontam entre o minimalismo alentejano. Mas notará sobretudo a profusão de cegonhas, cujos ninhos tomaram conta de postes de iluminação e de antigos silos de arroz.

A cegonha-branca tornou-se símbolo deste território, delineado pelo Atlântico e pelos sapais do Sado, que é uma delícia para birdwatchers e amantes da natureza em geral. Mas os postes de iluminação da N261 não são necessariamente o melhor sítio para observar a majestosa ave.

Na continuação da estrada, já na base da península de Troia, dá-se com a sala de visitas da Herdade da Comporta, entre a praia e a aldeia homónimas. Aqui chega-se, sobretudo, pelo vinho – que, não sendo o único motivo, é suficientemente forte para marcar o início da descoberta.

O quilómetro zero fica na loja da herdade, um refinado mostruário tanto daquilo que ali se produz como do próprio ambiente da área em redor, que se tornou sinónimo de prazer e recato para elites com poder de compra. Estão lá todos os vinhos da herdade, bem como outros produtos da exploração agrícola, mas também peças de decoração rústico-chique – louças, velas aromáticas, artigos em cortiça. O próprio espaço traduz o “estilo-Comporta”, com cores claras, madeiras, texturas orgânicas, luz natural em abundância. Bem mais do que apenas um balcão de escoamento de produtos, um sítio que convida a entrar e a ficar. Em especial a quem entrar numa das salas de prova contíguas. Falemos de provas […]


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