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OGM | Algodão transgénico pode ajudar a revitalizar indústria têxtil no Quénia

Com a aprovação da comercialização de algodão Bt, o governo queniano espera recuperar o setor têxtil, em declínio há vários anos, e criar 25 mil empregos até 2022.

O Quénia aprovou em 2019 o cultivo de algodão geneticamente modificado, depois de cinco anos de ensaios de campo. E em março de 2020, o país deu início à comercialização, juntando-se à lista crescente de países africanos produtores de OGM (Organismos Geneticamente Modificados), que inclui a África do Sul (algodão, milho e soja), Nigéria (algodão e feijão), Eswatini, que anteriormente se chamava Suazilândia (algodão), Sudão (algodão), Malawi (algodão) e Etiópia (algodão).

O governo queniano espera que o cultivo de algodão transgénico ajude a revitalizar a indústria têxtil nacional, que no passado foi um grande empregador – em 1980 dava trabalho a 500 mil pessoas e atualmente emprega 20 mil. O setor têxtil foi drasticamente afetado pelo declínio da produção de algodão – 28.000 fardos em 2020, bem abaixo dos 49.000 fardos em 2010 – e pelas importações da China.

Mas este cenário pode mudar se for atingida a meta estabelecida pelo governo do Quénia: ter mais de 80 mil hectares cultivados com aldodão Bt até 2022. Pelas contas do governo, isso criará mais de 25 mil empregos ao longo da cadeia de valor (produção, processamento e comércio). “Ao produzirem algodão Bt, os nossos agricultores garantirão um fornecimento constante de matérias-primas para a indústria têxtil”, explicou o secretário do Gabinete de Agricultura do Quénia, Peter Munya.

Além da comercialização do algodão Bt, o Quénia aprovou testes de desempenho para a mandioca geneticamente modificada resistente à podridão e realizou com sucesso ensaios de campo de milho GM resistente a insetos com a expectativa de iniciar a sua comercialização em 2023. De salientar que a podridão pode resultar na perda de 98% da produção mandioca e a broca e outras pragas são responsáveis pela perda de 40% da produção de milho.

Leia o artigo original aqui.

O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.


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