OGM | Nigéria inicia testes com milho geneticamente modificado

A Nigéria prepara-se para iniciar os testes nacionais de desempenho para o milho geneticamente modificado (GM) TELA, resistente à lagarta-do-cartucho e à broca do caule e tolerante à seca moderada.

Esta variedade de milho GM permitirá aos pequenos agricultores africanos gastar menos dinheiro em inseticidas e minimizar a sua exposição aos produtos químicos, beneficiando ao mesmo tempo de maiores rendimentos e de uma melhor qualidade dos grãos. As sementes estão isentas de royalties para os agricultores.

Os testes nacionais de desempenho envolvem 180 agricultores selecionados aleatoriamente em dez Estados do país. Além da produção de dados que facilitarão a aprovação do milho GM TELA, os ensaios visam demonstrar a eficácia da tecnologia e mostrar a adaptabilidade desta variedade. Embora a Nigéria tenha aprovado o algodão GM e o feijão-fradinho, o TELA é a primeira variedade de milho GM a ser adotada. É resistente à lagarta-do-cartucho e à broca do caule e tolerante à seca moderada.

O sucesso dos testes nacionais de desempenho abrirá caminho para uma nova avaliação do Comité Nacional de Autorização de Variedades antes das sementes poderem ser comercializadas em 2023.

Se for amplamente adotada no país, a variedade de milho GM TELA “poderá aliviar os défices de produção de milho”, expressou, otimista, o investigador principal do milho TELA na Nigéria, Rabiu Adamuo. “Os testes até agora mostraram resultados promissores e estamos confiantes de que, se a cultura for autorizada, será um longo caminho para resolver a deficiência do país na produção de milho”.

O quadro regulatório na Nigéria é favorável ​​à biotecnologia e isso “é fundamental para o desenvolvimento da biotecnologia agrícola no país”, afirmou Sylvester Oikeh, gestor dos projetos de milho da Fundação Africana de Tecnologia Agrícola, que coordena o projeto TELA.

Mais informações aqui.

O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.


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