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Praga que afeta citrinos é complexa e exige meios de combate diversos – Produtores

A praga ‘Trioza erytreae’ (psila africana), que afeta os citrinos, é um problema complexo que exige meios diversos de combate, apontou a Cooperativa de Citricultores do Algarve, precisando que ainda não existem muitos pomares afetados.

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) emitiu, esta semana, uma autorização excecional de emergência para a utilização de fitofarmacêuticos para o controlo desta praga.

Em causa, estão fitofarmacêuticos com base em azadiractina, óleo parafínico, óleo de laranja e piretrinas.

“O problema da propagação da ‘psila africana’ dos citrinos é complexo e certamente irá necessitar de meios de combate diversos. Por um lado, teremos a utilização de produtos fitofarmacêuticos e, por outro, o lançamento de predadores que possam retardar a sua disseminação”, afirmou, em resposta à Lusa, o presidente do Conselho de Administração da Cacial – Cooperativa Agrícola de Citricultores do Algarve, José de Oliveira.

De acordo com este responsável, até ao momento, o vetor foi detetado no barlavento do Algarve (Aljezur, Vila do Bispo e Monchique), onde “não há pomares de citrinos significativos”.

A autorização excecional de emergência da DGAV explica que “na sequência da identificação dos primeiros focos de ‘Trioza erytreae’ no território continental de Portugal, na região do Porto, em resultado das prospeções oficiais efetuadas no âmbito do programa nacional de prospeção da mencionada praga, foram, de imediato, tomadas medidas tendo em vista a sua erradicação no território nacional”.

Contudo, o inseto tem vindo a alastrar-se ao longo da costa litoral, de Norte para Sul.

A DGAV decidiu assim proceder à autorização extraordinária para a utilização de fitofarmacêuticos, que se aplica a áreas de citrinos, incluindo em modo de produção biológico.

De acordo com a DGAV, verifica-se uma “eficácia satisfatória” na utilização destes produtos, que já se encontram autorizados em Portugal para o controlo de outros insetos.

A par desta praga, o presidente do Conselho de Administração da Cacial alertou para o “verdadeiro problema” que poderá ser o aparecimento da bactéria HLB na região.

Esta bactéria “leva as árvores a entrarem num processo de perda de produção, que na Flórida atingiu os 70%”, indicou.


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