O Crédito Agrícola Mútuo está a mudar de liderança. Ao fim de uma dúzia de anos à frente da Caixa Central, Licínio Pina está de saída e vai passar o testemunho a Sérgio Frade, um homem da casa que encabeçou a única lista para os Órgãos Sociais, que foi eleita por mais de 96% dos votos na Assembleia Geral que decorreu no sábado passado.
“O novo Conselho de Administração Executivo, eleito em Assembleia Geral, é composto pelo Presidente, Sérgio Manuel Raposo Frade, e pelos Vogais Ana Paula Raposo Ramos Freitas, Ana Maria Nogueira Garcia Rodrigues, Filomena Antónia Ferraz de Oliveira, João Alexandre Moreira Laranjeira, José Manuel de Oliveira Henriques e Rodolfo da Fonseca Pignatelli Soares Varela Pinto”, informa a instituição em comunicado.
Sérgio Frade conhece bem a casa que vai agora liderar: “Com uma carreira de mais de duas décadas no sector financeiro, Sérgio Raposo Frade é, desde 2013, membro do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, e, desde 2017, CFO do Grupo Crédito Agrícola”, enaltece a instituição. A Caixa Central sublinha também que Sérgio Frade “tem liderado áreas estratégicas como Finanças, Planeamento, Controlo, Tecnologias de Informação e Gestão de Ativos. Antes de ingressar no Grupo Crédito Agrícola, desenvolveu um percurso consolidado em consultoria de gestão e corporate finance”.
A tomada de posse da nova equipa está ainda sujeita à luz verde do Banco de Portugal.
Foi sob a presidência de Licínio Pina que a Caixa Central levou a cabo um projeto – que continua – de fusões de caixas agrícolas locais.
“Estamos focados em fusões das caixas agrícolas locais e regionais de modo a reduzir tantas quanto possível”, revelou há semanas numa conferência. São hoje 67. “O processo de fusão que temos em marcha reduz para menos de 60”, avançou, num processo que descreveu como “muito complexo, porque implica cada uma aprovar uma fusão com o vizinho, o que nem sempre é fácil, porque competem, têm territórios contíguos e negócios que se cruzam”.
Em 2024 o Crédito Agrícola registou um lucro de 438 milhões de euros.