Forest Stewardship Council (FSC) promove uma gestão florestal responsável desde 2007, a partir dos seus escritórios em Portugal.
Por acreditar que o setor florestal em Portugal necessitava da adaptação da norma internacional do FSC ao contexto nacional e que o seu reconhecimento iria facilitar a implementação do processo e das boas práticas florestais associadas, a WWF (World Wide Fund For Nature), à semelhança do que aconteceu noutros países, assumiu o papel de entidade facilitadora e potenciadora da ideia de criação dos escritórios do FSC em Portugal. Neste seguimento, foi promovido, em dezembro de 2006, um evento de âmbito nacional – o I Fórum FSC -, que contou com o Alto Patrocínio do Presidente da República, bem como com o apoio do ICNF (à data DGRF) e de diversas personalidades da esfera nacional, a referir: António Amorim, Presidente da Corticeira Amorim; Armando Sevinate Pinto, Consultor da Casa Civil da Presidência da República; Eugénio Sequeira, Presidente da LPN (Liga para a Proteção da Natureza); Fernando Oliveira Baptista, Professor Catedrático do ISA (Instituto Superior de Agronomia); Francisco Rego, Diretor Geral dos Recursos Florestais; José Honório, Presidente do grupo Portucel Soporcel; Luísa Schmidt, jornalista e investigadora do Instituto de Ciências Sociais e o escritor e Prémio Nobel, José Saramago.
A 9 de novembro de 2007 o FSC era uma realidade em Portugal. O principal intuito da criação desta organização no nosso país, era o de promover a certificação FSC junto das organizações portuguesas, a fim de alargar a gestão florestal responsável à maior área possível em território nacional, bem como à indústria relacionada. Desde então que vários projetos e atividades foram acontecendo, e ao longo destes 15 anos, temos a destacar a acreditação da AGFR enquanto escritório nacional FSC em 2010, a publicação da primeira norma de gestão florestal FSC para Portugal (NFSS) em 2012, a integração na CT 145 – Comissão Técnica de Normalização de Gestão Florestal Sustentável em 2015, a implementação da Unidade de Desenvolvimento de Mercado em 2016, ano que ficou igualmente marcado pelo facto de Portugal ter sido o primeiro país do mundo a ter a norma de gestão florestal FSC aprovada segundo os novos Princípios & Critérios do FSC.
O desenvolvimento de campanhas de promoção, sensibilização e reconhecimento da marca junto dos consumidores tem sido uma das apostas dos últimos anos. A consciencialização de quem compra torna-se agora uma importante conquista e uma necessidade que, claramente, irá potenciar o propósito desta associação no panorama nacional. Uma das iniciativas desenvolvidas para alcançar este objetivo foi o FSC Friday de 2021, um evento que pretendeu realçar a importância da floresta para o futuro da Cultura, e que contou com a presença de artistas conhecidos do grande público, a referir Pedro Górgia, Tiago Aldeia, Alexandre da Silva, Diogo Clemente e Tatanka, que se juntaram a nós para celebrar as nossas florestas.
A Direção desta associação é rotativa entre as câmaras social, económica e ambiental, tendo sido já dirigida por representantes da WWF, UNAC, Sonae Indústria, LPN, e encontra-se neste momento no quinto triénio de governação com Pedro Silveira, a representar a Filcork.
“Assinalamos em 2022 os 15 anos do FSC em Portugal e é com uma enorme satisfação que represento a Direção desta associação numa data tão importante. O FSC Portugal é hoje um parceiro reconhecido no apoio a todos os agentes do sector que querem contribuir para uma melhor gestão florestal, e esse trabalho é fruto de uma estreita colaboração entre proprietários, empresas, associações, indústria, entidades públicas e toda a sociedade civil, que cada vez mais se mobiliza em prol de uma floresta gerida de forma responsável. Em nome do FSC Portugal, o meu obrigado a todos!” – Pedro Silveira, Presidente da Direção do FSC Portugal.
Com mais de meio milhão de hectares de floresta certificados e 500 titulares de certificação de Cadeia de Custódia (CoC), o FSC Portugal pretende continuar a crescer e a promover uma gestão responsável das florestas no nosso país, de forma ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável, atendendo os direitos e necessidades da atual geração, sem comprometer as gerações futuras.