A Europa é uma tapeçaria viva, onde cada nação tece a sua história sem perder a identidade. É um mosaico feito de contrastes, um espaço de cultura com um propósito comum: prosperidade e cooperação.
Portugal, desde a Revolução do 25 de Abril, procurou consolidar a sua posição no cenário europeu, aderindo à Comunidade Económica Europeia (CEE) a 1 de janeiro de 1986. Este marco representou um ímpeto na modernização económica, permitindo a livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais e garantindo o acesso a fundos estruturais indispensáveis ao progresso nacional. Nos primeiros tempos, verificou-se um aumento da produtividade e uma melhoria significativa no contexto geopolítico que resultou num reequilíbrio financeiro, melhores condições de vida e mais oportunidades de empregabilidade.
Contudo, este percurso nem sempre foi assim tão linear. O país enfrentou períodos de recessão económica, fruto de crises internas e internacionais, do défice público e da falta de competitividade industrial. Exemplo disso foi a crise dos anos 90 e inícios do século XXI, marcada pela estagnação europeia, abrandamento do PIB, diminuição das exportações e do investimento estrangeiro e a falta de uma aposta contínua e estruturada numa reforma eficaz nos setores da agricultura e da indústria.
Atualmente, Portugal e a União Europeia continuam a debater-se com diversos desafios, seja por novas crises económicas (mais recentemente a Guerra da Ucrânia, reflexo direto do aumento dos preços do trigo, pão e outros recursos essenciais provenientes deste país do Leste europeu, apelidado de “Celeiro da Europa”), seja por crises humanitárias ou de outras naturezas.
Facto é que Portugal beneficiou ao ingressar na CEE (atual UE) pelo acesso alargado a ferramentas e apoios versáteis na economia, na livre circulação de pessoas, responsável por originar oportunidades para imigrantes constituírem vida e contribuírem para o crescimento de Portugal. Normalmente, são pessoas dispostas a trabalhar no país em cargos e postos de baixa qualificação, porém com uma sede enorme de ajudar e dar melhores condições de vida às suas famílias. Assim, a nossa nação tornou-se reconhecida enquanto um destino de excelência, afirmando-se como um polo privilegiado de turismo – uma das principais fontes de rendimento nacional – e um espaço propício para trabalhar e (re)construir vida.
Nos dias atuais, António Costa (Presidente do Conselho Europeu) e António Guterres (Secretário-Geral da ONU) são exemplos perfeitos e exímios da influência e reconhecimento do trabalho e esforço português na prosperidade e disposição a cooperar por uma Europa melhor e maior, ressaltados nos seus discursos e projetos elaborados com o apoio de outros membros cruciais na União Europeia.
Em suma, Portugal, apesar das flutuações económicas, demonstra resiliência e capacidade de adaptação, reforçando a sua relevância no xadrez europeu e global.
Sobre a autora do artigo: Ana Catarina Serra frequenta o 12º ano da área de Economia, na escola Secundária Tomás Cabreira, em Faro. Fez parte da organização da IV e V Conferência Estudantil de Adaptação às Alterações Climáticas, tendo, no presente ano, aceitado novamente o desafio.

“40 Visões da Europa”
A 12 de junho de 1985, Espanha e Portugal assinaram o Tratado de Adesão às então Comunidades Europeias (Comunidade Económica Europeia, Comunidade Europeia da Energia Atómica e Comunidade Europeia do Carvão e do Aço). Este foi o terceiro alargamento.
O Europe Direct Algarve, a CCDR Algarve, a Eurocidade do Guadiana e outros parceiros transfronteiriços associaram-se para assinalar a data. A rubrica «40 Visões da Europa» vai dar voz a 40 pessoas (líderes políticos e associativos, jovens, cidadãos ,..)
Entre 4 de maio e 12 de junho (data da assinatura dos 40 anos do Tratado de Adesão) todos os dias um artigo . Mais informação sobre a campanha na página conjunta (4) Facebook
Leia também: 40 visões da Europa: Enquanto Putin avança, a Europa ainda não decidiu como reagir | Por António Valentim Domingos

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