Os 25 anos do Clube Português dos Cereais de Qualidade foram celebrados na Assembleia Geral do organismo, que teve lugar a 5 de junho, em Elvas, tendo como membro anfitrião a Cersul.
O encontro arrancou com visitas ao campo, nomeadamente uma visita à Herdade Torre de Frade onde se focou a problemática da água e a importância do seu armazenamento; e uma visita à Herdade do Retiro, onde a Cersul desenvolve um importante trabalho experimental. A manhã terminou na sede da Cersul, onde teve lugar um almoço e a Assembleia Geral do Clube propriamente dita.
O setor cerealífero é especialmente sensível às pressões geopolíticas internacionais e Portugal, atendendo ao seu baixo nível de autoaprovisionamento, encontra-se particularmente exposto às oscilações que afetam o comércio dos cereais, com grande impacto na economia nacional. Com este evento, a ANPOC e o Clube Português dos Cereais de Qualidade quiseram apresentar ao Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em prol da valorização da produção cerealífera nacional, para bem do território, da sociedade e da economia portuguesa; e aqueles que são os principais desafios do setor.
O Clube Português dos Cereais de Qualidade é um Clube informal que funciona sob os auspícios da ANPOC e associa Organizações de Produtores (Cersul, Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, Cooperativa Agrícola de Beringel, Globalqueva, Procereais, Carnes do Campo Branco e Siltom), Organizações socioprofissionais do setor (ANPOC e ANPROMIS), Investigação (INIAV e IPBEJA), e os principais representantes da indústria de moagem e semolaria (Germen/Ceres, Cerealis, Fábricas Lusitana e Insular), e da indústria cervejeira (Sociedade Central de Cervejas e Maltibérica/Super Bock Group).
Com um importante papel agregador da fileira dos cereais, o Clube reúne duas vezes por ano: em maio/junho, coincidindo com o início das ceifas; e em outubro/novembro, coincidindo com o arranque da campanha de sementeira dos cereais praganosos.
As reuniões servem assim para análise do ano cerealífero, no primeiro caso; e preparação e previsão da campanha seguinte, no segundo. A organização das Assembleias é rotativa, cabendo às Organizações de Produtores a preparação das assembleias de maio/junho; e à indústria a preparação das assembleias ocorridas no final do ano.
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.