Carlos Eduardo, conhecido como “Chantilly Papai”, que sonhava ser músico e dançarino, mas morreu no fogo de Albergaria-a-Velha a tentar salvar maquinaria

O brasileiro Carlos Eduardo, 28 anos, que morreu, na segunda-feira, carbonizado no incêndio em Albergaria-a-Velha (Aveiro), vivia em Portugal há cinco anos. Nas redes sociais, era uma figura popular, conhecido pela alcunha de “Chantilly Papai” – que conquistou por atirar chantili a pessoas em festas -, seguido por milhares de internautas. No Instagram, publicava fotos e vídeos de festas, viagens ou vendendo bolas de Berlim, na Praia da Barra, na região de Aveiro. Tinha ainda um canal de Youtube. Sonhava ser músico e bailarino.

Carlos Eduardo nasceu na favela do Coque, na periferia pobre de Recife, no Nordeste brasileiro. Era o mais novo de 16 irmãos. Em Portugal, veio à procura de uma vida melhor. Pai de uma filha pequena, residia no bairro da Severa, em Águeda, numa casa partilhada com outros compatriotas. A paixão pelo samba tornou-o figura conhecido do Carnaval de Ovar. Três irmãs vivem em São João da Madeira.

Engolido pelas chamas

O corpo de Carlos Eduardo seria encontrado carbonizado, por volta das 15h30 de segunda-feira, na zona florestal do Sobreiro, uma zona florestal em Albergaria-a-Velha, a poucos quilómetros da casa onde vivia..

O brasileiro era funcionário de uma empresa que se dedica à exploração florestal e terá ido, juntamente com outros trabalhadores, recuperar alguma maquinaria que se encontrava numa zona afetada pelo incêndio. A Polícia Judiciária assumiu a investigação da ocorrência.

Nas redes sociais, a irmã, Eduarda Neves, lamentou a morte de Carlos Eduardo. “Eu só queria acordar desse pesadelo. Eu ainda não acredito”, escreveu, numa publicação no Instagram.

O corpo de Carlos Eduardo foi levado para o Instituto Nacional de Medicina Legal, onde realizou a autópsia. O consulado do Brasil no Porto ficou encarregado de dar suporte à família do brasileiro .

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