Entrevista SIC Notícias
Céu mais escuro e ar poluído. Assim é por estes dias um pouco por todo o país, mas sobretudo no Norte e Centro, devido às dezenas de incêndios florestais. Com a diminuição da qualidade do ar, um pneumologista deixa alguns conselhos.
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Agostinho Marques, pneumologista e porta-voz da Fundação Portuguesa do Pulmão, alerta que “nuvem” de poeiras provocada pelos inúmeros incêndios em Portugal impressiona. O médico recomenda que as pessoas mantenham as janelas de casa fechadas e, se forem doentes crónicos e tiverem de sair à rua, utilizem máscara.
O porta-voz da Fundação Portuguesa do Pulmão destaca que a nuvem de poeira, sobretudo no Norte e Centro do país, é “contínua” e que “não se lembra de ver uma situação assim”. Considera que os incêndios são uma “catástrofe”.
De seguida, na SIC Notícias, alerta que a poeira provoca um “agravamento grande das condições de respiração” de “milhões de pessoas”. Nos últimos dias, há um “número considerável” de aumento de doentes nas urgências com problemas respiratórios, acrescenta.
O médico considera ainda que a Associação de Futebol do Porto fez bem em cancelar as competições deste fim de semana devido à diminuição da qualidade do ar, uma vez que não é aconselhada a prática de desporto ao ar livre nestas condições.
Como nos podemos proteger?
As poeiras o fumo dos incêndios afetam a saúde de toda a gente. Todos devemos ter cuidados, mas a população mais vulnerável, como doentes crónicos e idosos, devem estar especialmente alerta.
O pneumologista deixa algumas recomendações às pessoas:
- Se habitar nos locais dos incêndios, fuja;
- Se a sua casa não estiver em risco, tenha as janelas e as portas fechadas;
- Se a sua casa não estiver em risco, saia o menos possível à rua;
- Ventilar a casa quando o ar limpar e voltar a fechar de seguida;
- Se for doente crónico e tiver de sair à rua, use uma máscara;
- Não praticar desporto ao ar livre;
- Circular com as janelas do carro fechadas;
O que fazer em caso de incêndio?
Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, várias estações de monitorização no litoral Norte e Centro apresentam níveis “maus” de qualidade do ar, com valores acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. O fumo, transportado pelo vento, contém partículas prejudiciais à saúde.
Em caso de agravamento de sintomas, a recomendação é ligar para o SNS 24.