O ministro da Coesão Territorial entende que é necessário alterar “a cultura instalada nos serviços públicos que depende muito dos papéis” e que atrasa os processos de pagamento aos produtores.
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Na região Norte, os agricultores que foram vítimas dos incêndios de setembro começaram, esta segunda-feira, a receber os apoios do Estado. O ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, revela que mesmo quem não tenha documentação que comprove as perdas poderá receber até 6.000 euros.
O ministro informa que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional desloca-se ao local para confirmar os prejuízos apresentados pelos agricultores e, caso se confirme, garante que a tutela paga montantes até aos 6.000 euros.
“Se tiverem documentos comprovativos, poderemos pagar mais do que isso”, esclarece.
Constata também que “há uma cultura instalada nos serviços públicos que depende muito dos papéis e confia que os papéis traduzem sempre a realidade”, algo que, acrescenta, “frequentemente não é assim.”
Por essa razão, entende que esta é “uma cultura que é preciso mudar” e vinca:
“Nós pedimos só os papéis indispensáveis.”
Nove pessoas morreram e 175 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram a terceira semana de setembro sobretudo as regiões Norte e Centro do país. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil exclui desta contagem os dois civis que morreram de doença súbita.
Estes incêndios provocaram 135 mil hectares de área ardida, segundo o sistema europeu Copernicus e destruíram dezenas de casas.