O aumento do preço dos combustíveis está a preocupar diversas associações das áreas da distribuição, agricultura e transporte de passageiros.
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As associações mostram-se preocupadas e desiludidas com orçamento do Governo de Luís Montenegro. O descongelamento progressivo da taxa de carbono, que provoca um aumento substancial dos preços dos combustíveis, vai acarretar no aumento dos preços de outros produtos e serviços.
De acordo com Gonçalo Lobo Xavier, Diretor-Geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, pode-se esperar um aumento dos preços no fim da cadeia – uma má notícia aos consumidores.
Os taxistas também estão preocupados e querem uma autorização do Governo para aumentar as tarifas.
“O que está em causa é o aumento do táxi. E o aumento do táxi reparte-se por quatro itens: a bandeirada, a metragem, o relógio e a hora. Estamos à espera que nos deem resposta, naturalmente, mas esse aumento já estava antes de haver estes aumentos do custo do gasóleo. De forma que vamos tentar resolver esta situação com o Governo”, referiu Florêncio Almeida, Diretor da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alerta para o facto de que a energia mais utilizada na agricultura é o gasóleo. O Secretário-Geral, Luís Mira, acusa o Governo de estar “viciado em impostos” e de se esquecer das empresas e das consequências provocadas pelo aumento dos combustíveis.
A atualização da taxa de carbono vai render aos cofres do Estado português mais 525 milhões de euros em 2025, agravando o preço final da gasolina, do gasóleo e de outros produtos petrolíferos.