O dia 26 de novembro é o dia escolhido pela UNESCO para celebrar o Dia Mundial da Oliveira.
Esta iniciativa, instituída em 2019, tem como objetivo incentivar à proteção da Oliveira e valorizar o seu contributo para o desenvolvimento económico e social, para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade ambiental.
O dia 26 de novembro foi um dia de celebração, mas também de reflexão sobre o futuro do olival tradicional no nosso país.
O olival tradicional ocupa aproximadamente 250 mil hectares em Portugal, é maioritariamente de sequeiro, tem dificuldade de mecanização e custos de produção mais elevados do que os olivais modernos.
Nos últimos anos os períodos com elevadas temperaturas e secas extremas têm contribuído para o decréscimo da sua produção. Esta campanha a azeitona galega, a principal variedade nacional, foi dizimada pela gafa e acabou por cair, não permitindo a sua colheita.
A tendência de baixa de preços do azeite para valores abaixo dos custos de produção, aliada às alterações climáticas, vão provocar a curto prazo, o abandono de grandes áreas de olival.
É urgente analisar a realidade do mercado, perceber quais são as disponibilidades do produto e conseguir rentabilizar o azeite proveniente dos olivais tradicionais.
O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.