Concluída reconversão do Compexo Molinológico em Centro Interpretativo 

Após a conclusão da empreitada de “Conversão do Complexo Molinológico em Centro Interpretativo -Núcleo Molinológico”, adjudicada à empresa Nobresteel pelo valor de 136 763,85 € acrescido de IVA e financiada a 80% ao abrigo de uma candidatura à Medida 10.2.6. DLBC/Rural PDR 2020 “Renovação de Aldeias”, técnicos da AD ELO visitaram, no passado mês de dezembro, o Complexo Molinológico de Moinhos da Gândara, sito no lugar de Cunhas, freguesia de Moinhos da Gândara.

Este foi um dos vários projetos protagonizados por agentes locais de diversa origem (associações, autarquias), distribuídos pelos 6 municípios do território de intervenção da AD ELO (Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho e Penacova), candidatados ao concurso do Portugal 2020 /PDR2020, que tinha como objetivo o apoio a projetos que promovessem a recuperação, conservação e valorização de elementos patrimoniais locais.

O Centro Interpretativo, novo espaço cultural, pedagógico e identitário do concelho, foi alvo de uma abordagem museográfica e expositiva que proporciona novas interpretações. É agora possível conhecer melhor o contexto da existência dos moinhos de água neste território, bem como a antiguidade e evolução dos processos de moagem ao longo dos tempos.

Os moinhos e o ciclo do pão são aqui resgatados do esquecimento, e o saber fazer dos últimos moleiros e das gentes desta freguesia, que são a essência deste singular território cultural, ajudam-nos a fazer uma viagem no tempo.

O concelho da Figueira da Foz tem assim um novo espaço cultural na freguesia de Moinhos da Gândara, do qual a comunidade e os visitantes poderão desfrutar.

Para já as visitas realizam-se apenas mediante agendamento prévio: Museu Municipal Santos Rocha, 233 402 840, servico.educativo@cm-figfoz.pt.

Espaço único no nosso território, foi adquirido em julho de 2018 pelo Município da Figueira da Foz à Mó Gândara – Associação Cívica de Defesa dos Moinhos e do Ambiente, a qual, no início do século XXI, no seguimento de uma política de valorização patrimonial, desbravou e pôs a descoberto as estruturas de dois moinhos que laboravam na mesma linha de água, muito próximo um do outro. Através de um projeto de recuperação e valorização deste património, que resultou na reconversão, recuperação e reutilização das ruínas e respetivos engenhos dos dois sistemas de moagem (um rodízio e uma azenha), integrando ainda algum património móvel encontrado na área das ruínas, que permitiu reconstituir alguns espaços, nasceu o Complexo Molinológico de Moinhos da Gândara, que é hoje um autêntico museu vivo implantado numa área agrícola de cerca de oito mil metros quadrados que integra também um moinho de vento, uma eira e um forno tradicional.

O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.


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