s atentados aumentaram nos últimos anos no norte do país e são atribuídos pelas autoridades a membros dos grupos Estado Islâmico (EI) e Al-Qaida, vindos dos países vizinhos.
Para já, a região fronteiriça com o Burkina Faso continua a ser o epicentro destes ataques.
Em janeiro, pelo menos 28 soldados beninenses foram mortos num atentado reivindicado pelos rebeldes do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), também no norte do país, na fronteira com o Níger e o Burkina Faso.
Trata-se de um dos ataques mais mortíferos contra o exército beninense desde há vários anos.
No final de julho do ano passado, cinco guardas florestais e sete soldados tinham já sido mortos no mesmo parque nacional.
Na semana passada, o Ministério da Defesa do Benim anunciou que iria introduzir, em breve, novas medidas de “apoio psicológico” aos soldados.
“A saúde mental dos nossos soldados não é um luxo, é uma componente essencial da segurança nacional”, afirmou o secretário-geral do ministério, Mathias Alizannon.
Em janeiro de 2022, o Benim enviou cerca de 3.000 soldados para proteger as suas fronteiras no âmbito da Operação Mirador.
O exército também recrutou mais 5.000 soldados para reforçar a segurança no norte do país.
As autoridades beninenses, que raramente comunicam sobre estes ataques, informaram em abril de 2023 o registo de cerca de 20 incursões transfronteiriças desde 2021.
De acordo com uma fonte diplomática entrevistada pela agência noticiosa France-Presse (AFP), 121 soldados beninenses foram mortos entre 2021 e dezembro de 2024.
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