uando soubemos que a legislatura ia acabar, que a moção de confiança não ia ser aprovada, tivemos enormes manifestações de desejo que a IL se integrasse noutro tipo de plataforma”, afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola no concelho do Cartaxo, distrito de Santarém.
O líder da IL disse não estar a falar “forças vivas”, numa alusão a declarações do presidente do Chega, André Ventura, nas últimas legislativas, mas de “coisas concretas”.
“E a IL disse que o seu compromisso é com os portugueses, porque, na altura, a interpretação que fizemos é que o país só muda com uma IL que se apresenta a eleições e sai reforçada dessas eleições para, depois, podermos puxar o país para as soluções”, disse.
Interrogado sobre quem, dentro do PSD, é que manifestou essa vontade de coligação pré-eleitoral com a IL, uma vez que não foram “forças vivas”, Rui Rocha respondeu: “Quem tem a capacidade e a possibilidade de liderar a direção e as lideranças”.
Foram “as lideranças do PSD e tenho a certeza que não dirão o contrário, que confirmarão”, referiu.
O líder da IL foi ainda questionado sobre as declarações do presidente do CDS-PP, Nuno Melo, que, este sábado, disse que a coligação do seu partido é com “o PSD, não é com mais ninguém”.
Rui Rocha disse sentir que os portugueses “desejam uma IL forte para mudar o país”, razão pela qual o partido decidiu ir sozinho a eleições, apesar de reiterar que houve “muito quem quisesse” que se integrasse “noutro tipo de solução”.
“Nós dissemos aos portugueses que podem contar com a IL para mudar o país e isso só fazia sentido, só era consequente, indo sozinhos. Agora, nós não somos um partido apêndice, temos as nossas ideias, temos programas concretos para Portugal, soluções para a habitação, saúde, agricultura”, disse.
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