Vigilância intensificada contra vandalismo em espaços verdes do concelho de Setúbal

A Câmara Municipal de Setúbal assegura diariamente, com equipas especializadas e meios modernos e em respeito pela sustentabilidade ambiental, a manutenção de espaços verdes da cidade, com vigilância intensificada para atos de vandalismo que têm ocorrido em infraestruturas no espaço público. 

A vereadora Carla Guerreiro, responsável pelo pelouro do Ambiente e dos Espaços Verdes na Câmara Municipal de Setúbal, apela ao “cuidado de todos na preservação destes espaços de grande importância para a qualidade de vida na cidade”.

A chefe da Divisão de Espaços Verdes da autarquia, Ana Sofia Carlos, alerta para o facto de estarmos a “assistir, mais frequentemente, a alguns comportamentos menos próprios, o que se reflete na imagem em parques e jardins e complica ainda mais as tarefas de manutenção”.

Sobre esta situação, a dirigente sublinha que as equipas da Câmara Municipal de Setúbal “têm estado mais atentas, com passagens mais frequentes e maior vigilância destas infraestruturas”, tarefa para a qual contam “com o apoio de munícipes, no reporte de qualquer tipo de anomalia”.

Os atos de vandalismo, verificados, por exemplo, nos sistemas de rega, em vários locais da cidade, com prejuízos avultados em virtude da necessidade da substituição de materiais, impossibilitam o correto funcionamento dos equipamentos, fazendo com que as áreas destes espaços verdes fiquem por regar, secando.

São, sobretudo, o fecho de torneiras e o corte de cabos que maiores danos causam. “A rega é quase sempre feita no período noturno e, muitas vezes, só nos apercebemos destas situações de vandalismo quando os relvados começam a ficar secos ou quando somos alertados pelos munícipes, a quem agradecemos”, diz Ana Sofia Carlos.

A manutenção é um trabalho constante nos espaços com gestão direta do município, em que se incluem os parques do Bonfim, da Algodeia, de Vanicelos e Urbano de Albarquel, mas também os jardins da Beira-Mar e da Praia da Saúde e ainda zonas ajardinadas nas avenidas Luísa Todi, 22 de Dezembro e Antero de Quental.

Do corte de relva ao desbaste de sebes e arbustos, da poda de arvores à limpeza do espaço público, a gestão de um grande parque verde é uma rotina complexa e demorada, que exige dedicação e, mais recentemente, uma maior atenção e vigilância de infraestruturas, as quais têm sido alvo de atos deliberados de vandalismo.

O sistema de rega é uma das muitas inovações que tem sido implementada nos últimos anos, com uma tecnologia automatizada e que pode ser controlada remotamente, o que facilita a gestão municipal dos mais de dez hectares de espaços verdes e otimiza a utilização dos recursos hídricos.

Já o corte de relva nestes espaços é feito de forma mecanizada, com recurso a equipamentos que possibilitam a utilização da técnica de mulching, processo que alia o corte à trituração de resíduos orgânicos, aplicados diretamente no solo, para adubagem, sem necessidade de remoção de inertes para tratamento.

No Parque do Bonfim, além das normais tarefas de manutenção, decorrem ações de especial de limpeza do lago, por uma empresa especializada, com lavagem de toda a área com jato de água quente, mais eficiente, e reparação de fissuras com um impermeabilizante, para evitar perdas de água.

A estas tarefas de manutenção de espaços verdes acresce a gestão das cerca de 30 mil árvores na malha urbana, com ações de poda, abate e novas plantações, a que se junta o controlo de pragas, em particular o escaravelho da palmeira e a processionária do pinheiro, únicos casos em que são usados produtos fitofarmacêuticos.

“Temos usado cada vez mais produtos biológicos e, com isso, estamos a contribuir para um ambiente mais sustentável”, nota a chefe da Divisão de Espaços Verdes no município, para acrescentar que a Câmara Municipal faz “a gestão de pragas noutras espécies com recurso a insetos auxiliares”.

A autarquia, que também assegura a multiplicação de plantas em viveiros municipais, tem igualmente investido em maquinaria mais leve, menos ruidosas e com recurso a baterias, o que se traduz em mais conforto para os operadores e na redução de custos de manutenção de equipamentos.

O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.


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