A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) manifesta preocupação com a recente deslocalização de um meio aéreo de combate a incêndios de Arcos de Valdevez para o Alentejo, numa altura particularmente sensível em que se aproxima o período crítico de incêndios florestais. Ciente da importância vital de um dispositivo robusto e pronto a atuar, a CIM Alto Minho, apesar da manutenção nos Arcos de Valdevez de um meio aéreo, mantêm uma postura de vigilância ativa face aos desafios que se avizinham.
Compreendendo a necessidade de uma gestão equilibrada dos meios a nível nacional e expressando solidariedade para com outras regiões que, nesta fase, possam estar mais vulneráveis, o Alto Minho deverá manter um dispositivo robusto e preparado para enfrentar possíveis ocorrências.
A nossa região é uma das zonas do país com maior risco e histórico de incêndios rurais e florestais, em especial devido à sua vasta mancha florestal, relevo acidentado, dispersão populacional e à presença do Parque Nacional da Peneda-Gerês, uma área de elevado valor ambiental, social e económico.
Neste contexto, torna-se essencial que, em caso de agravamento da situação meteorológica ou operacional, o dispositivo distrital de combate a incêndios seja reforçado com celeridade, nomeadamente com a afetação de meios aéreos e terrestres adequados às especificidades do território.
A CIM Alto Minho reafirma a sua confiança na capacidade de planeamento e gestão do dispositivo nacional, acreditando que a prontidão de resposta continuará a ser assegurada com base na avaliação rigorosa das necessidades locais e regionais.
Por fim, é imperativo reconhecer o esforço incansável de todos os operacionais envolvidos na prevenção e combate aos incêndios – bombeiros, sapadores florestais, forças de segurança, técnicos e voluntários – que, ano após ano, têm sido determinantes na proteção de pessoas, bens e ecossistemas. A solidariedade para com outras regiões do país é inquestionável, mas espera-se que, perante uma necessidade concreta, o Alto Minho possa contar com igual atenção e reforço atempado de meios.
O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.