“Nunca trabalhou”. Ministra brasileira volta a ser alvo de ataques

ministra do Meio Ambiente brasileira, Marina Silva, voltou a ser alvo de ataques após ter regressado ao Congresso para prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados sobre queimadas e desmatamentos.

“A senhora tem dificuldades com o agronegócio porque a senhora nunca trabalhou, a senhora nunca produziu, não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho. Todo o mundo sabe, o mundo sabe que a senhora tem um discurso alinhado com essas ONGs internacionais”, disse um deputado à ministra, citado pelo G1.

O mesmo deputado acusou ainda Marina Silva de fazer um “adestramento” de esquerda e de ter um discurso que “vale para um lado e não vale para outro”, tendo ainda sido chamada de mal-educada.

O deputado Evair Vieira de Melo chegou ainda a referir que o “modus operandi da ministra não é algo isolado”, comparando a sua estratégia com as do “movimento revolucionário da América Central” e com “a mesma estrutura que o Hamas e o Hezbollah usam”.

Em resposta aos ataques, a ministra referiu que antes de entrar para a sessão havia rezado e que estava em “paz”.

“Depois do que aconteceu no Senado […], as pessoas iam achar muito normal fazer o que está acontecendo aqui num nível piorado”, afirmou, acrescentando que foi “terrivelmente agredida”. 

Conta o site brasileiro que, durante a sessão, vários deputados atacaram a gestão de Marina Silva enquanto ministra, dizendo que ela era “vergonha” e que deveria “pedir a demissão”.

Por sua vez, o presidente da comissão de Agricultura disse que a ministra se apresenta como um “símbolo de defesa ambiental”. No entanto, considera-a protagonista de “um dos capítulos mais contraditórios e desastrosos da política ambiental brasileira”.

De recordar que a Marina Silva esteve envolvida numa polémica, em maio passado, quando o senador Marcos Rogério se dirigiu à ministra e disse: “Se ponha no teu lugar”

O senador Marcos Rogério interrompeu e afirmou: “Ministra, depois faça uma reunião lá da equipe do governo e faça esse debate. Vamos seguir o debate da reunião”. 

Na altura, a polémica atravessou o Atlântico e Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, reagiu ao sucedido, dizendo que era “mais um exemplo lamentável dos obstáculos que as mulheres enfrentam na vida pública e política”.

A polémica já atravessou o Atlântico e a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, comentou: “Mais um exemplo lamentável dos obstáculos que as mulheres enfrentam na vida pública e política”.

Notícias ao Minuto | 11:45 – 28/05/2025

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