PS acusa Governo de “inconseguimentos no estado social”

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O PS acusou esta quarta-feira o Governo de “vários inconseguimentos” em áreas do estado social e de continuar a “avolumar problemas”, com o PSD a comparar “o estado da arte” de 11 meses da sua governação com oito anos dos socialistas.

Nas declarações políticas desta tarde no parlamento, o líder parlamentar do PS, Pedro Delgado Alves considerou que “o início da legislatura tem vindo a demonstrar uma clara tendência para o avolumar da escala de problemas herdados do primeiro mandato da Governação da AD”.

“Detetamos falhas em vários setores determinantes para a nossa vida em comunidade, e que comprometem o presente e o futuro do estado social”, criticou, acusando o Governo de estar focado em “esvaziar a agenda da extrema-direita” e assim “deixar para trás as muitas urgências às quais é chamado”.

O socialista apontou críticas à saúde, à educação, à habitação, à agricultura e à gestão do PRR, áreas nas quais acusou o Governo de ter “todas as facilidades do mundo” e depois se confrontar “com a realidade que não cola nas ilusões que propagou”, propondo “medidas e orientações que vão potencialmente agravar o problema”.

Nos pedidos de esclarecimento, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, pegou na expressão usada por Pedro Delgado Alves de que há “muitos inconseguimentos” — palavra cunhada pela antiga presidente do parlamento Assunção Esteves — em diferentes áreas do setor social.

Quis comparar aquilo que eu creio que é incomparável e muitos dos que nos acompanham devem ter achado mesmo que estavam a ver o canal história. Vamos falar de inconseguimentos e queria lançar-se um desafio que era podermos então comparar o estado da arte 11 meses com 8 anos”, atirou.

Hugo Soares referiu que na saúde “há mais portugueses com médicos de família e os tempos de espera diminuíram” e que na habitação o Governo dobrou “a necessidade de construção de casas” que o PS tinha em PPR para executar.

“O senhor deputado já não se lembra de ver uma greve no ensino público porque nós recuperarmos a autoridade e o respeito dos professores na sala de aula”, disse ainda.

Na resposta, o socialista criticou este exercício de “comparar o incomparável” porque procura ignorar “aquilo que se apontou de negativo ao longo dos últimos 11 meses” ou “tentar mascarar os números”.

Já o Chega, pela voz do líder parlamentar, Pedro Pinto, considerou que não deixava de ser “curioso ver o PS a falar de estado social” quando, segundo ele, “foram o rosto dos problemas” neste setor, questionando como é que os socialistas “vêm aqui como se nunca tivessem estado no Governo”.

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