“Consegue voar até ao 5.º andar”: britânicos ‘frustrados’ com crescente presença deste inseto neste destino turístico europeu

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Com a subida das temperaturas, fenómenos pouco agradáveis começam a repetir-se com maior frequência no verão europeu. As férias de milhares de britânicos na Grécia estão a ser marcadas pela presença de um inseto indesejado. Segundo o jornal Daily Express, várias regiões turísticas gregas estão a ser invadidas por baratas que se tornaram imunes aos inseticidas, incluindo espécies com capacidade para voar até aos andares superiores dos hotéis.

De acordo com o professor Elias Kioulos, da Universidade Agrícola de Atenas, este verão está a registar-se uma explosão na população de baratas em todo o país, com especial incidência em zonas costeiras e locais de grande afluência turística. O especialista aponta o uso prolongado de pesticidas como uma das razões para o fenómeno: “Tornaram-se mais resistentes às doses que antes as neutralizavam. Antigamente bastava uma aplicação, agora é preciso repetir ao fim de um mês”, afirmou, citado pela mesma fonte.

Baratas nas paredes e no ar

Entre as espécies identificadas, destacam-se quatro principais, incluindo a barata americana, uma das mais preocupantes por ser grande, habitar esgotos e apresentar forte capacidade de voo. Como explicou o professor Kioulos: “É uma barata grande, habitante dos esgotos e sistemas de saneamento, que consegue voar até ao 5.º andar.”

Outra espécie comum é a barata oriental, de aspeto mais escuro e que prefere ambientes húmidos, como antigas fossas e áreas com vegetação. Esta, apesar de não voar, coexiste frequentemente com a barata americana nos sistemas de esgoto, especialmente na zona oriental da região da Ática, conforme refere a fonte anteriormente mencionada.

Infestações em hotéis e restaurantes

As queixas de turistas sobre este inseto intensificaram-se, sobretudo em alojamentos e estabelecimentos de restauração. A barata alemã é apontada como a mais problemática no setor da hotelaria e restauração. Apesar de ser mais pequena, reproduz-se de forma muito mais rápida: cada ooteca (estrutura que contém os ovos) pode conter entre 36 a 40 ovos, ao contrário das 16 a 20 das restantes espécies.

Segundo a mesma fonte, para agravar a situação, há também registos crescentes de outra variedade: a barata de bandas castanhas, que já aparece até nos quartos, escondendo-se em gavetas em busca de restos alimentares.

Limpeza é a “chave” para conter o problema

A proliferação deste inseto tem vindo a ser associada a deficiências de higiene em cozinhas e estruturas de apoio. “A chave está numa limpeza extremamente meticulosa”, sublinha o professor grego, citado pelo jornal Daily Express.

As autoridades locais reconhecem que o controlo químico está a perder eficácia e admitem que será necessário rever as estratégias de combate às infestações, dando prioridade à prevenção e à higiene rigorosa nos espaços públicos e privados.

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