ltrapassámos um grande obstáculo”, escreveu Lee Jae-myung na rede social Facebook, acrescentando que as negociações com os Estados Unidos eram uma prioridade desde que chegou ao poder, no início de junho, e que durante as conversações tinham dado prioridade “apenas ao interesse nacional”.
“Com este acordo, o Governo elimina a incerteza no ambiente de exportação e, ao igualar ou reduzir os direitos aduaneiros dos EUA sobre as nossas principais exportações, em relação aos principais concorrentes, criaram-se condições para competir numa base igual ou superior à dos outros países”, afirmou Lee.
De acordo com Lee, o pacto prevê um investimento de 350 mil milhões de dólares (306 mil milhões de euros) por parte da Coreia do Sul em indústrias estratégicas fundamentais, o que vai apoiar a entrada de empresas sul-coreanas no mercado norte-americano em setores como construção naval, semicondutores, baterias secundárias, biotecnologia e energia.
Em particular, um fundo de 150 mil milhões de dólares (131 mil milhões de euros) vai ser destinado exclusivamente à cooperação no domínio da construção naval.
“Apoiará fortemente a entrada das nossas empresas no setor da construção naval dos EUA”, afirmou o presidente sul-coreano.
De acordo com os pormenores deste pacto revelados anteriormente pelo presidente norte-americano, Donald Trump, Seul vai comprar 100 mil milhões de dólares (87,5 mil milhões de euros) em gás natural liquefeito e outros produtos energéticos norte-americanos.
Além disso, adiantou Trump, a Coreia do Sul estará “completamente aberta” ao comércio com os Estados Unidos, facilitando a compra de automóveis e produtos agrícolas norte-americanos.
“Há dois lados numa negociação, por isso não é fácil. O importante não é que um deles fique com todos os benefícios, mas que se chegue a um resultado mutuamente favorável”, afirmou ainda o presidente Lee, acrescentando que o acordo “é o resultado da convergência entre o interesse dos EUA em reconstruir a sua indústria transformadora” e a vontade sul-coreana em “reforçar a competitividade” das empresas no mercado norte-americano.
O dirigente manifestou esperança de que o acordo comercial contribua para reforçar a cooperação industrial entre os dois países “e que a aliança bilateral seja reforçada”.
O acordo entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos surge um dia antes do fim do prazo dado por Trump para impor unilateralmente tarifas aos parceiros comerciais caso não seja alcançado um consenso prévio.
A Coreia do Sul é o principal parceiro comercial dos Estados Unidos na Ásia, juntamente com o Japão.
Com o Japão, a administração Trump também concordou em reduzir as tarifas de 25% para 15%.
Leia Também: Pyongyang sublinha não existir motivo para retoma de diálogo com Seul