As adegas cooperativas representam, segundo dados do mercado, entre 500 a 600 milhões de euros de volume de negócios – uma percentagem da ordem dos 20% em relação ao total da receita do setor nacional dos vinhos. Neste contexto, os três milhões de euros que a nova taxa da Sociedade Ponto Verde, agora aumentada em 160%, vai implicar “terão um impacto significativo nas adegas”, disse ao JE o presidente da Federação Nacional de Adegas Cooperativas (Fenadegas), António Mendes. “Desde o início do ano que estamos a pagar a nova taxa; de que forma a vamos absorver?”, questiona, para adiantar que o setor está evidentemente de acordo com a reciclagem, “mas talvez tivesse sido mais acertado haver um período transitório, em vez deste aumento abrupto”. Num subsetor em que 40% da produção é engarrafada, “o aumento da taxa de um cêntimo por garrafa para quase três cêntimos” é difícil de acomodar do ponto de vista financeiro.