A aldeia de Colo de Pito, Freguesia de Monteiras, em Castro Daire, recebe a 2 e 3 de agosto mais uma edição da Feira Anual, onde a tradição se mantém. Em redor da Capela da Senhora da Ouvida “tudo se vende e tudo se compra”. Mais de duas centenas de feirantes e cerca de dez mil visitantes é a expectativa da organização.
O ponto alto da feira é na tarde de domingo, com cantares ao desafio e as tradicionais e muito concorridas chegas de bois. Em termos gastronómicos os visitantes podem apreciar a indispensável carne de vitela assada em forno de lenha além de vários locais de repasto. Uma das suas principais atrações é a feira de gado bovino, corrida de cavalos e luta de bois. Encontramos, ainda, um mercado com tendas de toda a espécie de produtos, como brinquedos, roupa, calçado, loiça, frutas e legumes, enchidos, produtos e artigos agrícolas, entre muitos outros.
A Senhora da Ouvida é uma das principais feiras anuais do concelho de Castro Daire, uma das maiores da região centro e norte do país, organizada pela Freguesia de Monteiras e aldeia de Colo de Pito. A Senhora da Ouvida tem carácter religioso, com romaria e novena desde há décadas, e neste dia, celebra-se missa seguida de procissão (com estandartes e andores), passando num tapete florido e acompanhada por banda de música
Américo Silva, presidente da Junta de Monteiras, diz que esta é “uma feira secular”, onde a tradição ainda é o que era. O programa começa ao final da tarde de 2 de agosto, com muita animação. Haverá animação com grupos de concertinas e rugas com cantares ao desafio. Às 22 horas sobe ao palco Liliana Oliveira e o grupo Coração Minhoto.
No domingo, dia 3, a manhã começa com a Feira de Gado e a missa, seguida de procissão, em honra da Nossa Senhora da Ouvida. Da parte da tarde, pelas 14 horas, haverá a tradicional chega de bois, com oito duplas, seguindo-se, pelas 16 horas, cantares ao desafio, com Daniel Fernandes, de Guimarães, e Paulinho Brasileiro, da Povoa de Lanhoso.
Américo Silva destaca a presença de mais de duas centenas de expositores, numa logística que coordena. “É bastante difícil e trabalhoso para a toda a gente. Tenho a responsabilidade de coordenar um grupo de trabalho, para que tudo corra da melhor maneira. A maior parte dos feirantes já vêm à nossa feira há alguns anos e já sabem o local que lhes cabe, o que nos facilita o trabalho. Depois é organizar o resto, em especial aqueles que vêm de novo”, refere Américo Silva, destacando o importante apoio da GNR.
Este ano, a organização da feira, em coordenação com a GNR, irá condicionar o transito na Nacional 2, que atravessa aquela zona, com a feira a decorrer nos dois lados da estrada. “Vamos ter de condicionar o trânsito, em alguns pontos, no sábado à noite, e no domingo entre as 9 e as 17 horas, no sentido de haver maior segurança na circulação dos milhares de pessoas que andam pela feira”, referiu o presidente da Junta de Monteiras.
Américo Silva destacou ainda o elevado número de comerciantes que se inscreveram para participar na feira, que a organização, na medida do possível, tenta acomodar nos espaços ainda disponíveis.
O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.