stas ocorrências de incêndios florestais eram as duas únicas de maior relevância em Portugal continental, de acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Ao longo de mais de uma semana, o fogo que começou no Piódão, em Arganil, no distrito de Coimbra estendeu-se ao concelho de Seia (distrito da Guarda), aos concelhos de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra) e aos concelhos de Castelo Branco, Covilhã e Fundão (distrito de Castelo Branco).
Na Covilhã, o fogo tinha na sexta-feira à noite a maior parte do perímetro dominado, mantendo apenas uma frente ativa, mas controlada, no vale de Alforfa, que vai de Unhais para a Barragem do Padre Alfredo, de acordo com a autarquia.
A Câmara da Covilhã sublinhou que, apesar da “melhoria da situação atual”, os meios “continuam no terreno e o trabalho de consolidação, rescaldo e vigilância vai prolongar-se com o objetivo de assegurar o controlo definitivo deste incêndio”.
Em Seia, outro concelho onde o fogo estava ativo, a autarquia adiantou na sexta-feira à noite que o incêndio se mantinha “circunscrito, com duas frentes internas de difícil combate, mas de baixa intensidade”, na encosta esquerda do Vale Glaciário de Loriga (combate apeado) e na encosta esquerda da Ribeira de Alvoco, proveniente de Unhais da Serra.
Já o incêndio que deflagrou na sexta-feira à tarde em Castro Daire, no distrito de Viseu, lavrava ao início da noite com intensidade e duas frentes ativas na serra, segundo o comandante no terreno.
Pelas 00:30 estava a ser combatido por 278 operacionais e 87 veículos.
O incêndio que começou na quarta-feira em Figueira de Castelo Rodrigo e avançou para os concelhos de Almeida e Pinhel, no distrito da Guarda, entrou na sexta-feira ao final da tarde em resolução e mantinha no terreno, pelas 00:30 de hoje, 106 operacionais, apoiados por 37 viaturas.
Também já em resolução, mas ainda nas ocorrências significativas para a Proteção Civil, o fogo que começou na semana passada no Sabugal, distrito da Guarda, mantinha 96 operacionais e 31 meios terrestres no terreno, enquanto o fogo que começou na sexta-feira em Armamar, distrito de Viseu, mantinha no local 56 operacionais e 16 meios terrestres.
O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, indicou que se registaram na sexta-feira, até às 17:00, 63 novos focos de incêndios rurais em Portugal continental.
O responsável lembrou ainda que se mantém em vigor até segunda-feira “o estado de prontidão especial no seu nível quatro [máximo]”, bem como os planos distritais de emergência e proteção civil de Coimbra, Guarda e Castelo Branco e os planos municipais de Trancoso, Oliveira do Hospital, Arganil, Castelo Branco, Seia, Guarda, Covilhã e Fundão.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual dispõe de dois aviões Fire Boss e de um helicóptero Super Puma, estando previsto chegarem mais dois aviões Canadair ainda hoje.
Segundo dados oficiais provisórios, até 21 de agosto arderam 234 mil hectares no país, mais de 53 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.
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