
Durante a cerimónia fúnebre em Contins, Mirandela, este sábado, onde foi prestada a última homenagem a um homem de 65 anos que morreu enquanto operava maquinaria no combate às chamas, o Presidente da República deixou um apelo claro: é preciso investir “a sério” na prevenção dos incêndios.
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Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu a revolta dos populares, face à repetição das tragédias e à falta de soluções.
O chefe de Estado sublinhou que o investimento em prevenção deve ser equivalente ao que é feito em infraestruturas urbanas.
“Sensibilizar todo o país que aceita facilmente que, para circular numa grande metrópole, 100, 200, 300, 400 milhões sejam investidos nessa circulação e que não acha ou não percebe que é tão urgente investir 100, 200, 300 milhões na prevenção dos fogos”, afirmou.
O Presidente deixou elogios aos bombeiros e a todos os que enfrentam o fogo no terreno, reafirmando a confiança nas medidas anunciadas pelo Governo para reforçar a resposta operacional.
Marcelo defendeu ainda a criação de um quadro legal permanente que permita aos executivos atuais e futuros atuarem com celeridade, sem necessidade de legislar caso a caso.
Lembrou, a este propósito, que em 2017 não havia nada na lei que permitisse indemnizar vítimas de calamidades públicas, situação entretanto corrigida.
Também este sábado, Marcelo Rebelo de Sousa endereçou condolências à família do operacional florestal que morreu esta madrugada, após vários dias internado nos cuidados intensivos do Hospital de São João, no Porto.
O homem, de 45 anos, sofreu ferimentos graves no incêndio do Sabugal.