a parte dos dois incêndios que estava encostada às localidades, a situação já está resolvida, estamos a consolidar rescaldo, agora existe uma frente extensa em direção ao rio Zêzere”, disse à Lusa o segundo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, Ricardo Costa.
O combate a esta frente que consome floresta “é onde incidem os trabalhos durante a noite, que neste momento estão a decorrer favoravelmente”, acrescentou.
O mesmo responsável avançou que os dois incêndios das freguesias de Pedrógão Grande e da Graça, no mesmo concelho do distrito de Leiria, “estão mais menos do mesmo tamanho” e, “como são muito próximos”, estão a ser geridos “como se fosse um único incêndio”.
O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, Carlos Guerra, afirmou à Lusa que os dois incêndios surgiram com a diferença de cerca de uma hora numa curta distância um do outro, tendo causado projeções que atingiram o concelho vizinho da Sertã, no distrito de Castelo Branco.
O segundo comandante sub-regional confirmou que o incêndio do lado da Sertã “está consolidado”.
As chamas que começaram durante a tarde em São Vicente, na freguesia de Pedrógão Grande, pelas 22h40 mobilizavam 922 operacionais e 292 veículos, agrupando os meios humanos e terrestres do sinistro que deflagrou na Graça.
Segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 18h50 estavam no incêndio da freguesia de Pedrógão 663 operacionais, apoiados por 192 viaturas e 18 meios aéreos, e na Graça estavam 183 operacionais, apoiados por 47 veículos e dois meios aéreos.
Segundo Ricardo Costa, “as povoações estão em segurança” e “partes do” Itinerário Complementar (IC) 8 e da Estrada Nacional (EN) 2 estão “temporariamente cortadas”.
Segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Leiria, por precaução foram evacuadas as aldeias de Marroquil, Torneira, Romão, Agria e Sobreiro, na freguesia de Pedrógão Grande, e os moradores foram encaminhados para Derreada Cimeira.
Com estes dois incêndios, a população de Pedrógão Grande voltou hoje a ser surpreendida pelas chamas, oito anos depois dos grandes fogos que atingiram aquele concelho.
Os incêndios que deflagraram em 17 junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
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