Não, não é fatalidade, é escolha

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por henrique pereira dos santos, em 02.09.25

“quando os meios chegam ao ponto X ou Y, a situação já não corresponde à missão que lhes foi atribuída” (é uma escolha atribuir uma missão que não tem uma correcta avaliação da evolução do incêndio).

“quando fui comendante nacional, os peritos das universidades não eram muito atendidos, mas depois de integrar a Comissão Técnica Independente reconheci que há trabalho que tem alguma aplicabilidade” (é uma escolha não aprender e não usar o conhecimento existente).

“se a prevenção for tão boa que não há incêndios, para nós isso seria o ideal” (é uma escolha fazer jogos florais com situações impossíveis para disfarçar a incompreensão do que é o fogo, como processo ecológico).

“é importante que os proprietários olhem para a floresta como algo que produz um bem que tem um retorno” (é uma escolha achar que os proprietários não vêem retorno na produção de bens florestais porque são uns tontos).

É uma escolha calhar-nos a fava de ter o Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil que está mais preocupado com o braço de ferro com as associações de bombeiros que em compreender o papel do fogo nos nossos sistemas.

O artigo foi publicado originalmente em Corta-fitas.


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