Índia lançou uma grande ofensiva contra os rebeldes “naxalitas” – assim conhecidos em homenagem a uma aldeia no estado de Bengala Ocidental, no leste do país, onde surgiu o movimento, que já matou mais de 12.000 pessoas desde 1967.
O confronto ocorreu na noite de quinta-feira na fronteira florestal entre os estados de Odisha e Chhattisgarh, no centro da Índia, disse Vivekanand Sinha, um alto responsável da polícia.
“Entre os mortos está [o comandante] da organização maoista do estado de Odisha, Modem Balkrishna, também conhecida por outros nomes”, disse Sinha à AFP.
Uma recompensa de 140.000 dólares (119.000 euros) tinha sido prometida pela ajuda que levasse à detenção.
O ministro do Interior indiano, Amit Shah – que manifestou a sua determinação em eliminar este grupo rebelde maoista até 31 de março de 2026 – saudou a operação.
“Os restantes “naxalitas” devem render-se imediatamente. A erradicação completa do terror vermelho é certa antes de 31 de março”, disse nas redes sociais.
No seu auge, no início dos anos 2000, os rebeldes controlavam cerca de um terço do território indiano e pensa-se que contava com 15.000 a 20.000 militantes armados. Segundo o Governo indiano, mais de 400 rebeldes foram mortos desde o início de 2024.
No final de maio, as forças de segurança indianas afirmaram ter morto o líder insurgente e outros 26 combatentes.
O conflito resultou também em vários ataques mortais contra forças governamentais. No início de janeiro, uma bomba à beira de uma estrada matou pelo menos nove soldados indianos.
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