Alunos de Nelas e Tondela finalistas no Apps for Good com projetos tecnológicos para um futuro mais sustentável

No próximo dia 16 de setembro, o Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, recebe a grande final da 11ª edição do programa Apps for Good, uma iniciativa educativa tecnológica de âmbito nacional, que desafia alunos e professores a desenvolverem aplicações móveis com impacto positivo nas suas comunidades. 

A concurso estão cerca de 30 projetos finalistas, entre as quais se destacam as soluções inovadoras desenvolvidas por alunos da Escola Secundária de Nelas e da Escola Secundária de Tondela, que respondem de forma criativa e eficaz a desafios concretos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

Da Escola Secundária de Nelas chegam dois projetos focados na sustentabilidade urbana e na proteção ambiental. O “Water Shield”, alinhado com o ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis, propõe um sistema de nebulização ativado por sensores ou manualmente, capaz de criar um escudo de água para proteger edifícios e indústrias sem danificar as fachadas. Utiliza água da chuva ou de poço, alerta automaticamente os bombeiros e inclui um plano de evacuação, tornando-se uma solução sustentável e eficaz para zonas urbanas de risco. Já o projeto “Fire Stop”, no âmbito do ODS 15 – Proteger a vida terrestre, recorre a câmaras térmicas e drones com inteligência artificial para monitorizar em tempo real zonas de risco. Quando deteta calor suspeito, valida a situação e alerta de imediato os bombeiros, reduzindo o tempo de resposta e aumentando a eficácia no combate aos incêndios florestais.

Por sua vez, a Escola Secundária de Tondela apresenta o “Smart Feed Pets”, um projeto que se enquadra no ODS 12 – Produção e consumo sustentáveis. Esta aplicação oferece uma solução inteligente para alimentar animais de estimação à distância, de forma segura e controlada. O sistema pode ser ativado por voz ou manualmente e utiliza reconhecimento facial e leitura de microchip para garantir que apenas o animal correto acede à comida – uma proposta inovadora que alia bem-estar animal, tecnologia e responsabilidade ambiental.

Estes projetos são um exemplo concreto do impacto que o Apps for Good, promovido pelo CDI Portugal, tem vindo a gerar nas escolas portuguesas. O programa, que está a celebrar a sua 11ª edição, desafia anualmente alunos do 5.º ao 12.º ano, de escolas públicas e privadas, a trabalhar em equipa ao longo do ano letivo no desenvolvimento de aplicações tecnológicas com utilidade social. Desde o seu lançamento, o Apps for Good já envolveu mais de 28.500 alunos, 1.800 professores e mais de 700 escolas, resultando em milhares de ideias inovadoras com foco em áreas como saúde, educação, igualdade de género, inovação, cidades sustentáveis, ação climática, entre outras.

Para João Baracho, Diretor Executivo do CDI Portugal, “o programa Apps for Good tem uma ligação direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na medida em que procura capacitar jovens para criar soluções tecnológicas que respondam a problemas reais da sociedade e do meio ambiente. Ao promover uma formação prática, inclusiva e inovadora, este programa ajuda a diminuir desigualdades e a construir um futuro mais justo, sustentável e digital para todos”.

A 11ª Edição da Apps For Good contará, ainda, com a presença de João Baracho, Diretor-Executivo do CDI Portugal, Margarida Balseiro Lopes, Ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Bernardo Correia, Secretário de Estado para a Digitalização e Luís Fernandes, Diretor-Geral da DGAE, em representação do Ministro da Educação e Ciência.

O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.


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