ete das nove ilhas do arquipélago dos Açores estão esta quinta e sexta-feira em alerta vermelho devido ao ciclone tropical Gabrielle.
O Governo dos Açores determinou o encerramento das escolas e serviços públicos nas ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo) e Central (Terceira, Graciosa, Faial, Pico e São Jorge), entre as 18h de 25 de setembro, e as 18h de dia 26.
As câmaras preparam os planos municipais de emergência e as pessoas começam a colocar ‘trancas’ à porta.
A passagem do furacão Lorenzo ainda está bem presente na memória dos açorianos, principalmente dos habitantes das Flores que, seis anos após a tempestade, continuam sem porto comercial e a temer as consequências de de uma nova tempestade.
Rasto de destruição provocado por ondas “gigantes”
Foi no dia 2 de outubro de 2019, meses antes da pandemia do novo coronavírus, que o arquipélago foi atingido pelo furacão Lorenzo.
Nas Flores foram sentidas rajadas de vento de cerca de 200 km/h e as ondas que atingiram a ilha eram “gigantes”. De tal forma que o único porto comercial do grupo Ocidental do arquipélago ficou “totalmente destruído” e inoperacional.
O único porto comercial da ilha das Flores está inoperacional.
Natacha Nunes Costa | 12:16 – 02/10/2019
Durante meses, o abastecimento da ilha esteve comprometido e chegou mesmo a ter de ser feito por via aérea. Seis anos depois, a situação melhorou mas está longe de ser perfeita ou estar mesmo normalizada.
Após anos de promessas frustradas e pedidos de ajuda, o Governo Regional, chefiado por José Manuel Bolieiro, anunciou em maio deste ano que a infraestrutura vai custar cerca de 230 milhões de euros e deverá ficar pronta em 2030, 11 anos após o furacão Lorenzo a ter destruído.
Hoje, um dos dos maiores receios dos florentinos é que o ciclone tropical Gabrielle destrua o que já foi feito e atrase ainda mais “a obra marítimo-portuária mais complexa” da região.
Obra de reconstrução do porto das Lajes das Flores, nos Açores, vai custar 230 milhões de euros e deverá estar concluída em 2030. Construtora garante que é “a obra marítimo-portuária mais complexa” da região.
Natacha Nunes Costa | 10:59 – 27/06/2025
Furacão Lorenzo provocou prejuízos de 330 milhões de euros
Mas não foi só nas Flores que o furacão Lorenzo deixou um rasto de destruição em 2019. A tempestade provocou prejuízos de 330 milhões de euros, afetando diversas áreas. Além das infraestruturas portuárias e de apoio à atividade portuária, também atingiu a rede viária e outros equipamentos públicos, habitações, agricultura e o setor empresarial privado, um pouco por todo o arquipélago.
Em 24h, a tempestade provocou 255 ocorrências e obrigou ao realojamento de 53 pessoas, maioritariamente na ilha do Faial.
Na galeria acima pode recordar algumas das imagens registadas durante a passagem do furacão Lorenzo pela região.
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