Loulé reforça a proteção civil com novo heliporto capaz de operar cinco helicópteros em simultâneo

O secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, inaugurou esta segunda-feira a empreitada de ampliação do Heliporto Municipal de Loulé, um investimento da Câmara Municipal que, segundo o governante, “irá fortalecer a resposta regional ao nível da proteção civil e socorro”.

Com esta intervenção, Loulé reforça a sua posição como “polo estratégico no dispositivo de meios aéreos no Sul do País”, uma vez que o heliporto serve não apenas o concelho, mas toda a região do Algarve e o Baixo Alentejo.

Durante a cerimónia, Rui Rocha destacou a importância da prontidão das equipas: “Nestes centros de meios aéreos, quer os que são mais direcionados para os incêndios rurais, quer os que, como este, também conjugam a emergência médica, ter a prontidão máxima é essencial! No socorro, na emergência, um minuto pode, muitas vezes, fazer a diferença entre a vida e a morte.”

A ampliação do heliporto permitiu aumentar a capacidade operacional para cinco helicópteros em permanência, mais dois do que anteriormente, construir um novo hangar com capacidade para aeronaves pesadas e reforçar as áreas de parqueamento, abastecimento e manutenção. Foram ainda criadas novas zonas de alojamento e apoio técnico às tripulações da ANEPC e do INEM, com possibilidade de expansão futura.

Com estas melhorias, a Base de Loulé passa a dispor de condições únicas no sul do país, aptas a acolher operações de combate a incêndios rurais, transporte, emergência médica, missões de socorro e busca e salvamento. Esta última valência, suspensa desde 2018, será retomada, reduzindo significativamente o tempo de resposta a emergências na orla costeira e no interior algarvio.

Criado em 1998, o heliporto de Loulé constitui-se como infraestrutura essencial à operação de aeronaves do Estado, integrando o Serviço Permanente da ANEPC e a Base de Helicópteros do INEM. Em 2015, a autarquia construiu o edifício de apoio à base, com capacidade para 21 pessoas, áreas administrativas e logísticas, assegurando o funcionamento permanente das equipas.

A obra foi financiada no âmbito do projeto CILIFO – Centro Ibérico para a Investigação e Luta Contra Incêndios Florestais, que inclui também os Centros de Meios Aéreos de Monchique e de Cachopo/Tavira, reforçando a cooperação entre o Alentejo, Algarve e Andaluzia. O investimento ultrapassou 3 milhões de euros.

À semelhança de outros projetos regionais, como o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil, a sede do INEM/CODU, o edifício do SIS e a Base Logística de Quarteira, o Município de Loulé financiou parte significativa da empreitada, complementando o apoio do Estado central.

O presidente da Câmara Municipal, Vítor Aleixo, sublinhou o caráter estratégico da infraestrutura: “Este é o corolário de um programa político que tem sido prosseguido, ao longo de muitos anos, de uma forma sistemática. Somos um concelho que tem uma localização geográfica central, estratégica, daqui podem ser projetados meios para qualquer zona do Algarve ou até do Baixo Alentejo com economia de tempo, o que é muito importante dada a natureza das funções aqui praticadas.”

A poucos dias de concluir o mandato, o autarca anunciou ainda dois novos projetos estruturantes que irão reforçar a Cidadela de Segurança e Proteção Civil de Loulé: as instalações regionais da GNR e o Centro de Formação Regional de Emergência e Proteção Civil / Escola de Bombeiros.

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