Emmanuel Macron elogia Lula da Silva pela defesa da Amazónia

aúdo o compromisso do Presidente Lula, que travou o que estava a ser feito pela administração anterior” no que diz respeito à desflorestação em zonas como a Amazónia, disse Macron na intervenção que fez hoje num painel sobre os 10 anos da Cimeira do Clima, no primeiro dia da Conferência da Paz de Paris e a poucos dias da COP30, que se realizará de 10 a 21 de novembro em Belém, na Amazónia brasileira.

Segundo Macron, “o coração da batalha” a favor do clima reside não apenas “na política de reflorestação, mas também na conservação das florestas nativas e dos mangais”.

O chefe de Estado francês lembrou que “três quartos da biodiversidade mundial se encontram nas florestas primárias” e advertiu que “a sua destruição significaria um retrocesso de vários degraus na luta contra as alterações climáticas, já que constituem os pulmões vegetais do planeta, como é o caso da floresta amazónica”.

Apontou ainda a necessidade de conjugar “o desenvolvimento económico e a luta contra as desigualdades” nos planos nacionais para travar o aquecimento global, fazendo uma autocrítica: “Dizemos aos países em desenvolvimento ‘não devem abrir explorações de gás, porque não é bom para o planeta’. E estes países respondem ‘que curioso, porque vocês [os europeus] abrem centrais de carvão [altamente contaminantes] já que não dispõem do gás russo e vêm dar-nos lições’”.

Para resolver a questão, o Presidente francês defendeu “uma estratégia global” que conjugue a captação de fundos “públicos e privados”.

O chefe de Estado francês mostrou-se, contudo, confiante quanto ao sucesso da COP30, depois de uma COP29 no Azerbaijão que terminou sem avanços significativos na definição de uma estratégia global contra o aquecimento global.

“Estou otimista quanto ao lançamento, durante a COP30, no Brasil, de uma coligação dedicada ao combate aos gases metano, produzidos em grande quantidade pelo gado bovino e entre os que mais contribuem para o aquecimento global”, declarou Macron, acrescentando esperar “voltar a contar com os Estados Unidos”.

O Brasil é o segundo maior produtor de carne do mundo, atrás dos Estados Unidos, e possui o maior efetivo bovino do planeta, com cerca de 4,5 milhões de bovinos.

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