“Se querem resolver o problema aí, têm de ajudar aqui”: Brasil quer apoio da Europa contra o tráfico de droga

Repórteres do Mundo

A maior floresta tropical do mundo está a tornar-se palco de uma guerra cada vez mais violenta: o tráfico de cocaína. Produzida na Colômbia e no Peru, a droga percorre milhares de quilómetros através do rio Amazonas até à costa leste do Brasil, de onde é enviada para vários portos europeus.

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Unidades de elite da polícia militar patrulham o rio, abordam embarcações e revistam passageiros. Apesar dos esforços das autoridades brasileiras, o combate ao narcotráfico revela-se cada vez mais complexo. A vastidão e densidade da floresta oferecem esconderijos ideais para os cartéis, que têm vindo a sofisticar os seus métodos.

“Aproximar-se de um barco é sempre arriscado. Nunca sabemos como vão reagir. Depois há os submarinos caseiros, são muito avançados. Os criminosos estão a investir muito dinheiro nisto.”

A violência na região aumentou nos últimos anos, as taxas de homicídio são superiores às de outras zonas do Brasil. As autoridades brasileiras acusam a Europa de inação.

“Não estão a ajudar-nos em nada. Não há qualquer ação contra um problema que é, sobretudo, europeu. A droga passa por aqui, mas vai para a Europa. Se querem resolver o problema aí, têm de ajudar aqui.”

A crescente presença dos cartéis na Amazónia e número de rotas para a Europa colocam em evidência a necessidade de uma resposta coordenada e internacional. O Brasil exige mais apoio europeu para travar uma guerra que, embora distante, tem impacto direto nas ruas europeias.

Veja a reportagem na SIC Notícias.


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