Amanhã, 17 de outubro, os membros do projeto europeu RiskAquaSoil vão deslocar-se a Pedrógão Grande, uma das áreas afetadas pelos incêndios florestais de 2017, para se encontrarem com a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande.
A reunião, que tem lugar na sede da Associação, às 11h30m, vai servir para a troca de experiências sobre os impactes que as alterações climáticas tiveram nos incêndios do ano passado, e no modo como as comunidades locais se podem tornar mais resilientes às alterações climáticas.
O projeto europeu RiskAquaSoil: Plano Atlântico de Gestão de Riscos no Solo e na Água, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através Programa de cooperação INTERREG Espaço Atlântico, foi iniciado em 2016 e tem como objetivo central a deteção dos impactos das alterações climáticas nos espaços rurais, contribuindo para a gestão do risco, o uso dos recursos hídricos e do solo, a reabilitação de áreas agrícolas e o desenvolvimento de novas práticas.
O RiskAquaSoil reúne cerca de quatro dezenas de investigadores de Espanha, França, Irlanda, Portugal e Reino Unido. A equipa portuguesa, liderada por Alexandre Tavares, envolve docentes e investigadores do Centro de Estudos Sociais (CES), das Faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Economia (FEUC) da Universidade de Coimbra (UC) e da Universidade do Algarve.
Os parceiros do projeto irão combater os efeitos adversos das mudanças climáticas, especialmente nas áreas agrícolas, considerando três objetivos específicos: aviso precoce e diagnóstico – testando novas tecnologias remotas low-cost para medir e prever os impactos locais; implementação e adaptação, realizando ações piloto com comunidades dos espaços rurais para uma melhor gestão do solo e da água, tendo em conta os riscos associados às alterações climáticas; capacitação e difusão, através de formação e compromisso das comunidades locais e agricultores para um aumento da capacitação e informação para a gestão do risco e dos sistemas de compensação de danos.