Obras hidroagrícolas – Central Termo-electrica
Obras no Vale do Pranto
Governo tem que assumir a sua execução
Central termo-elétrica de lares
Que impacto na produção de arroz
Em 2018 assistimos ao anúncio com pompa e circunstância do Governo, de que as Obras no Vale do Pranto iriam arrancar no final do mesmo ano.
Foi anunciado o início do projeto a que deram o nome de “Pranto I”, com uma área de cerca de 700 hectares, nos concelhos de Soure e Figueira da Foz, com um investimento na ordem dos 25 milhões de euros no âmbito do PDR 2020.
Esta obra segundo o anúncio feito, inclui trabalhos de emparcelamento, construção das redes de rega, drenagem e viária e , ainda, regularização dos terrenos, estando prevista a conclusão para 2022.
Mas até agora tudo não passou do papel; estamos quase em Março, e os produtores que seriam avisados da paragem da produção de arroz durante a execução do projecto, com as respectivas indemnizações, não foram ainda informados de nada, começando daqui a um mês o início da cultura do arroz. Entre os orizicultores, a ideia é de que em 2019 as Obras não se vão iniciar
O Governo ao entregar à Associação de Beneficiários do Baixo Mondego a responsabilidade da execução da Obra, lavou as mãos como Pilatos.
A Associação de Beneficiários assumiu responsabilidades, que, pelo que vemos, tem dificuldades em executar, devido ás suas limitações técnicas, financeiras, e de recursos humanos.
Dada a urgência destas Obras o Governo tem que assumir a responsabilidade da execução da Obra o mais urgente possível.
Os orizicultores não podem continuar á espera.
Em 2008 foi instalado em Lares-Figueira da Foz uma Central Termo-Elétrica para produção de energia.
Esta Central expele gases para o meio ambiente , derivado do consumo de químicos aplicados nas torres de arrefecimento da Central.
Ao que é voz corrente na zona, parece haver a emissão de certas substâncias poluentes as quais podem estar a contaminar o ambiente e os recursos naturais como solos e águas pois até se constata já uma redução da produtividade dos terrenos próximos com a cultura do arroz, o que pode não ser simples coincidência.. E a questão também é já a de se saber, com segurança, se a saúde pública não poderá vir a ser afectada por tais emissões. Assim, a ADACO reclama ao Ministério da Agricultura e ao Ministério do Ambiente e da Transição Energética que tudo façam, e depressa, para esclarecer esta situação, designadamente:
• monitorização através de análises sistemáticas às emissões em causa;
• se tem sido assegurada a desinfecção e limpeza do sistema;
• divulgação pública dos resultados que obtenham.
Coimbra, 19 de Fevereiro de 2019