Este estudo foi realizado no âmbito do projeto NASPA – Natural fungicides against air & soil borne pathogens in the Atlantic Area, que junta 17 parceiros (cientistas e indústria) de Espanha, França, Irlanda, Portugal e Reino Unido.
Início: 12/2017 Fim: 2020 Orçamento: 2.3 M €
Objetivo:
Encontrar substitutos naturais baseados em macroalgas marinhas para produtos químicos utilizados na agricultura, especialmente herbicidas, fungicidas e fertilizantes, estimulando uma agricultura mais verde e sustentável em toda a zona Atlântica.
Resultados:
As várias experiências comparativas realizadas «demonstraram que os compostos bioativos extraídos do sargaço são bem mais eficazes que o substrato comercial da alga Ascophyllum nodosum. Observou-se, também, um bom desempenho do sargaço como bioestimulante (ativa o sistema imunitário das plantas para se protegerem, por exemplo, de pragas) e como fertilizante», afirmam João Cotas e Leonel Pereira, investigadores do MARE.Estudo conclui que o Sargaço tem elevado potencial antifúngico para uso agrícola
O extrato de sargaço, uma mistura de diferentes algas marinhas castanhas muito abundante em Portugal, apresenta um potencial como biofungicida para uso agrícola muito superior ao da alga Ascophyllum nodosum – há muito tempo usada pela indústria para este fim -, conclui um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), com a colaboração da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC).
No final do projeto, que deverá estar concluído dentro de dois anos, os parceiros envolvidos vão fornecer um conjunto de abordagens alternativas aos pesticidas sintéticos tendo em vista uma redução global de 50% no consumo de pesticidas, exigida pelo Acordo de Grenelle, bem como a diminuição da emissão de gases de efeito estufa do setor agrícola.
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*Fotografia em destaque de Jardel Mineiro