Até 15 de maio os agricultores “que pressentem que vão ter dificuldades de água nas suas explorações” deverão comunicar isso mesmo ao Ministério da Agricultura, por forma a que possa ser aberta “uma nova medida de apoio”, adiantou o ministro Capoulas Santos em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
Esse apoio, concretiza, somar-se-á à linha que está já aberta para a alimentação animal, “de cerca de 3,5 milhões de euros disponíveis através de empréstimos reembolsáveis que o Estado garante a 70%”.
O ministro da Agricultura admite que este ano “há um setor que será seguramente afetado” pela falta de água e que é o da pecuária, “porque apesar deste prolongamento das pastagens naturais, vai sentir certamente algumas dificuldades na alimentação até ao inverno, assim como nalguns casos eventualmente no abeberamento”, ou seja, “na disponibilidade de água para as explorações”.
Ainda assim, acrescenta, neste momento é prematuro fazer uma estimativa das necessidades, já que “parte das reservas alimentares têm a ver com os fenos que estão agora a crescer com as chuvas de abril e que serão colhidos lá para maio,junho”.
Para já, sublinha, “não há nenhuma evidência de nenhuma atividade agrícola em que haja uma quebra do rendimento” acima de 30. Pelo contrário, “por exemplo, na batata, os preços subiram 150%, na carne de porco 30/40%”.
Neste contexto, remata o ministro, “temos medidas em execução mas falar de seca em que se justifica uma catadupa de apoios públicos é manifestamente exagerado”.