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Universidade do Algarve estuda planta capaz de eliminar a doença do sobreiro

Organismo (semelhante a um fungo) ataca de forma galopante os montados de sobro. O contra-poder para fazer recuar o agente destruidor reside numa planta (marioila), que nasce espontânea no Algarve e Alentejo

Como travar o declínio do sobreiro? A árvore, classificada como Património Nacional de Portugal desde Dezembro de 2011, continua numa lenta agonia. O processo destrutivo – ainda sem fim à vista à vista – pode agora ser estancado. O investigador Alfredo Cravador, da Universidade do Algarve (Ualg), descobriu os poderes de uma espécie que pode mudar o rumo da história da floresta mediterrânica: a planta com “potencial comprovado” para servir de “tampão” ao avanço da fitóftora, a doença dos sobreiros e azinheiras, chama-se marioila (Phlomis purpurea).

Os estudos realizados nos laboratórios da Ualg confirmaram o que a comunidade científica anda a dizer há muitos anos perante o aparente encolher de ombros dos poderes públicos: “a morte do sobreiro não é uma fatalidade desde que os projectos de investigação tenham continuidade”. Alfredo Cravador, membro do Instituto Mediterrânico para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento – Med, lamenta o tempo perdido: “Acho que Portugal não tem vocação para projectos que levam décadas”, disse.

A doença Phytophora cinnamomi (fitóftora) faz-se sentir, de forma especialmente aguda, na serra do Caldeirão e baixo Alentejo. É provocado por uma espécie de um fungo (oomycota) que penetra nas raízes finas do sobreiro, reduzindo a humidade do solo e dos nutrientes até acabar de vez com a árvore. O montado de sobro desaparece de ano para ano e não são apenas os incêndios os causadores da destruição. As alterações climáticas estão […]

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