O mês de Novembro de 2019 classificou-se como frio em relação à temperatura do ar e chuvoso em relação à precipitação (Figura 1).
O valor médio da temperatura média do ar em Portugal continental, 12.12 °C, foi inferior ao valor normal em 0.25 °C (Figura 2). O valor médio da temperatura máxima do ar foi de 15.71 °C, 1.11 °C inferior ao valor normal. Valores de temperatura máxima inferiores, aos agora registados, ocorreram em 30 % dos anos, desde 1931. O valor médio da temperatura mínima do ar, 8.53 °C, foi superior ao normal em 0.62 °C (Figura 3), sendo o 3º valor mais alto desde 2000 (mais altos: 2006, 2009, 2014). Valores de temperatura mínima superiores, aos agora registados ocorreram em 30 % dos anos, desde 1931.
O valor médio da quantidade de precipitação em novembro foi superior ao normal e corresponde a cerca de 150 % do valor normal mensal (Figura 5). De destacar a forte variabilidade espacial na distribuição da precipitação, uma vez que nas regiões do Norte e Centro os valores médios foram superiores ao normal, em particular no Minho e Douro Litoral, enquanto na região Sul os valores foram inferiores, em particular no Baixo Alentejo e Algarve.
No final do mês novembro verificou-se um aumento dos valores de percentagem de água no solo, em relação ao final de outubro em todo o território, sendo de destacar (Figura 6):
- Regiões do Norte e Centro: mais locais com valores iguais à capacidade de campo;
- Região do Alto Alentejo: valores superiores a 40%;
- Baixo Alentejo e Algarve: valores ainda inferiores a 40%, no entanto já não há regiões com valores iguais ao ponto de emurchecimento permanente.
De acordo com o índice PDSI, no final novembro, houve um desagravamento da situação de seca meteorológica em todo o território do Continente (Figura 7):
- Grande parte da região Norte e Centro já não está em situação de seca meteorológica;
- Nas regiões a sul do Tejo mantém-se a situação de seca (moderada a severa);
- No sotavento Algarvio ainda se encontra na classe de seca extrema.
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Boletim Climatólogico novembro de 2019
O artigo foi publicado originalmente em IPMA.