No início de Dezembro, já estavam comprometidos 95% dos cerca de mil milhões de euros de uma linha de crédito suportada pelo Banco Europeu de Investimento (BEI). Esta linha de crédito foi lançada em Abril do corrente ano, no âmbito de um pacote de cerca de dois mil milhões de euros destinados a financiamento a longo prazo para empresas do sector da agricultura e da bioeconomia, promovido pelo BEI e pela Comissão Europeia.
Os empréstimos já aprovados foram contratados em Itália (350 milhões de euros), França (375 M€) e Grécia (200 M€), estando em preparação um empréstimo de 20 M€ na Croácia. Do montante total disponibilizado de cerca de mil milhões de euros, apenas restam para contratação 30 M€.
O financiamento desta linha de crédito é disponibilizado através de bancos parceiros e inclui uma janela com «condições favoráveis de empréstimo» (de 10 a 30%) para financiamento de jovens agricultores. O BEI considera que «estes empréstimos preenchem uma importante falha a nível de financiamento» e anuncia que pretende reforçar este tipo de financiamento para jovens agricultores, «possivelmente combinando-o com fundos estruturais da União Europeia, em linha com a iniciativa Young Farmers», promovida pelo BEI em conjunto com a DG Agri.
«O programa de empréstimo para a agricultura da União Europeia foi uma ferramenta importante de financiamento para o BEI e para bancos em apoio ao sector agrícola», diz Andrew McDowell, vice-presidente do BEI e responsável pela agricultura e pela bioeconomia. «Está a abordar a situação da falta de acesso a financiamento dos agricultores, especialmente a nova geração de agricultores, e a passar para estes condições de empréstimo favoráveis. Devido ao elevado interesse nesta iniciativa, estamos a considerar lançar outro programa de empréstimo para agricultura, trabalhando em estreita cooperação com a Comissão Europeia.»
Janusz Wojciechowski, o comissário da Agricultura, afirma que investir na agricultura e suportar os investimentos dos jovens agricultores é crítico para tornar a agricultura mais competitiva, mais inovadora e mais amiga do ambiente». Para o responsável da DG Agri, «os investimentos serão instrumentais para a contribuição efectiva da agricultura para o Pacto Ecológico Europeu», anunciado recentemente.