“Os partidos têm de ir ao terreno e apresentar soluções”, avisa responsável por plano de gestão de fogos

Plano de gestão de fogos rurais para 2030 prevê mais ação do Estado e também estímulos e penalizações para proprietários. Sem eles nada muda. E os partidos têm de ir a terreno, diz presidente da AGIF.

O plano nacional de gestão integrada de fogos rurais exige uma alteração do paradigma, “nomeadamente na forma como estamos organizados, como as entidades colaboram e como as políticas são desempenhadas”. Em entrevista ao programa Direto ao Assunto da Rádio Observador, o presidente da AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais) defende que é preciso “um novo equilíbrio consiga gerir um território diferente que já não se baseie mas pessoas que lá vivam , mas sim em instituições que colaboram e que entregam resultados”.

O plano para a próxima década está em consulta pública até à próxima quarta-feira e Tiago Martins Oliveira avisa ainda os partidos que não podem ficar em silêncio, só porque não há fogos, “têm de se envolver e apresentar soluções”. Será um trabalho muito complexo e a vai envolver todos, Estado e privados, e até as novas gerações. E será desta? “Se o não o fizermos, ninguém o fará por nós”. E o problema dos incêndios severos vai voltar. A dimensão da propriedade rural é um dos maiores problemas à prevenção de incêndios.

“Uma das coisas que propomos é valorizar a propriedade e a terra, a floresta e os matos, através de vantagens fiscais para quem faz a gestão e penalização para quem não faz. Propomos também a agregação da propriedade, promovendo a gestão conjunta, através das associações de produtores florestais”. 

 


por

Etiquetas: