Caros Colegas
Neste momento em que o País entra em regime de contingência generalizado, importa que o nosso sector de posicione de forma pró-activa e imbuído de um espírito de atenção e serenidade.
A CAP tem mantido contacto com o topo da cadeia da distribuição e temos referido que os produtos alimentares com origem na produção nacional, para além de seguros, estão em produção regular, pelo que não se vislumbram quebras nos circuitos normais de abastecimento.
Contudo, numa qualquer cadeia, quando falha um elo, e até que esse elo seja reposto, toda a cadeia se ressente.
É por isso importante redobrar esforços e medidas que minimizem quaisquer notícias de falhas.
Os agricultores portugueses têm provado ao longo dos tempos que são capazes de ultrapassar períodos críticos.
Aconteceu por diversas vezes nos últimos anos, como todos se recordam, e todas as crises foram superadas.
Importa por isso passar uma mensagem de confiança no sector, em particular aqueles que estão mais relacionados com os produtos de grande rotatividade, como são os frescos – frutas, legumes, ovos, leite, carne – e estreitar o relacionamento com os circuitos de comercialização e abastecimento do mercado.
Faço um apelo generalizado para que não se aproveite esta situação de crise para provocar oscilações nos preços, retirando em absoluto da equação a especulação.
Isto é válido para os dois lados, para quem compra, mas também para quem vende.
O momento é de elevada complexidade e temos todos o nosso papel na cadeia.
Têm-se verificado já algumas quebras, motivadas pela “corrida” aos supermercados, mas a montante há condições de repor.
É esta a mensagem que pretendo deixar, que essa cadeia mantenha o mais possível a sua cadência, por forma a que as pessoas sintam que as eventuais quebras são pontuais e que o fornecimento será reposto.
Portugal precisa da agricultura, precisa dos seus agricultores.
Mantenhamo-nos em contacto e unidos.
Eduardo Oliveira e Sousa
Presidente da CAP
O artigo foi publicado originalmente em CAP.
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