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Covid-19: Bruxelas diz aos 27 que usem flexibilidade de fundos agrícolas

A Comissão Europeia recomendou hoje aos Estados-membros que reprogramem os fundos para o desenvolvimento rural na Política Agrícola Comum (PAC), “fazendo uso de toda a flexibilidade e oportunidades disponíveis” para fazer face ao desafio da covid-19.

Gostaria de os encorajar a aproveitar ao máximo a flexibilidade e as oportunidades disponíveis no âmbito do desenvolvimento rural no quadro da PAC“, escreveu o comissário europeu para a Agricultura, Janusz Wojciechowski, numa carta dirigida aos ministros da tutela da União Europeia (UE).

O comissário destaca que “vários tipos de cooperação podem ser apoiados” por Bruxelas, quer no que respeita à cadeia alimentar, com os agricultores a venderem diretamente aos consumidores, ou “montando serviços de entrega ao domicílio de bens essenciais, como alimentos ou medicamentos a habitantes de zonas rurais isoladas”.

Por outro lado, os fundos para o desenvolvimento rural podem ser usados para apoiar investimentos a nível da produção, comercialização ou embalamento de alimentos.

Os agricultores têm ainda a possibilidade de aceder a instrumentos financeiros ao abrigo da ‘Iniciativa de Investimento – resposta ao coronavírus‘, que passa a abranger pequenas e médias empresas rurais através de empréstimos e garantias.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 750 mil infetados e mais de 58 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até quarta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 14.555 mortos, entre 146.690 casos de infeção confirmados até quarta-feira, enquanto os Estados Unidos, com 12.910 mortos, são o que contabiliza mais infetados (399.929).

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).


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