Patrícia Gaspar

Já foram identificados 24 mil casos de incumprimento na limpeza das florestas

Secretária do Estado da Administração Interna garantiu no Parlamento que, para já, a pandemia da covid-19 não está a afectar planos de prevenção e combate a incêndios.

Foram identificadas este ano 24 mil situações de incumprimento relativamente à limpeza das florestas na prevenção e combate aos incêndios florestais, revelou nesta quinta-feira a secretária de Estado da Administração Interna numa audição parlamentar.

Patrícia Gaspar lembrou que o prazo para a limpeza dos terrenos foi alargado até 30 de Abril e que a informação sobre o incumprimento “foi já passada às autarquias para que possam fazer um trabalho de proximidade e sensibilizar as populações.”

Patrícia Gaspar esteve na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, numa presença requerida pelo PAN para que detalhasse como está a ser feito plano de prevenção e combate aos incêndios florestais numa altura que o país está a lidar com pandemia covid-19.

A secretária de Estado garantiu que todos os planos estão a avançar como previsto e revelou que no âmbito da Operação Floresta Segura da GNR “já foram realizadas 3250 acções de sensibilização para os riscos de incêndios florestais, que cobriram cerca de 53 mil pessoas, sobretudo nas áreas rurais”. Assegurou ainda que já estão garantidos “60 meios aéreos e 12 mil operacionais para a fase de empenhamento máximo”.

Relativamente ao novo coronavírus, Patrícia Gaspar afirmou haver “a perfeita consciência que nós hoje não podemos dizer com segurança como o país vai estar em Junho ou em Agosto”. “Sabemos que temos dados relativamente estabilizados. Temos as principais forças operacionais. Os elementos que têm estado em confinamento ou infectados não têm afectado a operacionalidade e, se tudo se mantiver neste padrão, não se estima nesta fase que possa vir a haver uma afectação expressiva da nossa capacidade de prevenção e combate”, acrescentou.

Ainda assim, e numa altura em que se trabalha em cenários, afirmou ter de se “acautelar o pior cenário possível”. “Vamos esperar o melhor, preparando-nos para o pior. No caso de haver alguma afectação maior em termos da capacidade de resposta, que neste momento não se estima, estamos a trabalhar na forma de poder dar a volta a esta questão.”

Por isso, revelou, a aposta é “o máximo na vigilância, naquilo que é colocar botas no terreno, para garantir uma detecção o mais rápida possível”.


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