O êxito da proteção da Vinha contra as doenças depende também de medidas preventivas que contribuam para diminuir o impacto das doenças.
Para melhorar a tolerância ou a resistência das plantas às doenças, deve-se limitar o vigor das vinhas em produção,reduzindo ao mínimo a fertilização azotada e instalando um coberto vegetal do solo (enrelvamento).
Recomenda-se também a desponta, desladroamento e despampa, para eliminar a vegetação mais tenra (muito sensível ao míldio), permitir a circulação do ar e a passagem da luz e facilitar a penetração das caldas fungicidas.
A desponta, realizada cedo, em plena floração ou imediatamente após a floração, tem ainda efeitos benéficos na produção:
- concentra a seiva elaborada nas inflorescências, contribuindo para o seu vingamento e para a formação de cachosbem constituídos,
- estimula o desenvolvimento de ramos secundários (netas) em tempo útil, cujas folhas ajudarão ao enriquecimento das uvas em açúcares,
- contribui para reduzir o desavinho em castas com tendência para este fenómeno ou muito vigorosas,
- contraria os efeitos nefastos do vento, a que os pâmpanos vigorosos, masainda tenros, estão sujeitos.
O desladroamento (retirando ladrões que nascem abaixo da zona de produção e no tronco cordão) e a despampa (retirando pâmpanos mal situados), libertam os recursos da planta para os frutos, deixando de sustentar vegetação desnecessária.
A seguir ao vingamento, deve serfeita uma ligeira desfolha, – retirando folhas mais velhas da base com sintomas de doenças (retirar da vinha) – aliviando os cachos. (A desfolha nesta fase aumenta a resistência ao escaldão).
Todas estas operações devem ser moderadas e equilibradas.
O artigo foi publicado originalmente na Circular n.º 10 da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho.