A drosófila D. suzukii é uma praga exótica de difícil controlo, cuja expansão e prejuízos têm vindo a aumentar nos últimos anos. Ataques graves de drosófila chegam a levar ao abandono da colheita, devido à impossibilidade de triar eficazmente todos os frutos atacados.
À medida que fizer a última passagem na colheita, deve ripar e retirar do pomar todos os frutos rejeitados para consumo em fresco, privando a drosófila de uma fonte importante de alimentação.
Depois da colheita, mantenha ou reponha as armadilhas de captura massiva de D. suzukii em boas condições de funcionamento:
- Substitua regularmente o líquido atrativo, quando se tratar de armadilhas artesanais.
- Os iscos das armadilhas de produção industrial devem ser substituídos de acordo com as instruções do fabricante.
- Distribua as armadilhas (mínimo de 80/ hectare), colocando-as sobretudo na periferia do pomar e em menor quantidade no interior.
A captura massiva não resolve o problema, mas é parte da solução, ao contribuir para diminuir localmente as populações.
Proceda também a outras operações, integradas em medidas preventivas,indispensáveis na luta contra a D. suzukii:
Abra as redes de proteção para pássaros, para que as aves possam entrar e consumir os frutos caídos no chão ou esquecidos nas plantas, eliminando deste modo muitas larvas de drosófila.
Corte a erva e toda a vegetação espontânea no pomar, para reduzir a humidade no seu interior, tornando-o menos atrativo para a drosófila.
Faça uma poda em verde, para diminuir a densidade da vegetação e promover o arejamento do pomar, o que contraria a presença da drosófila
O artigo foi publicado originalmente na Circular n.º 13 da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho.