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Apoio de 10 milhões à venda de madeira queimada dos incêndios de 2017 mal foi utilizado. Apenas 59 mil euros foram gastos

Do montante global até agora validado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, foram pagos 54 mil euros aos parqueadores. Cerca de 5.500 euros foram “validados para pagamento” aos produtores florestais

Em janeiro de 2018, o ex-ministro da Agricultura, Luís Capoulas, anunciou 10 milhões de euros para parquear e valorizar a madeira queimada nos incêndios de 2017. Dois anos e meio depois, apenas foram gastos 59.580,35 euros, revela o “Público” esta quarta-feira. Esta informação foi confirmada ao jornal pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O Estado tinha desbloqueado apoios para os parques de madeira de serração de três euros por tonelada, no caso de parques secos de armazenamento de madeira descascada, e de 3,5 euros por tonelada, no caso de parques regados de armazenamento de madeira. Mais: era ainda atribuído um apoio direto ao produtor de quatro euros por tonelada de madeira entregue em parque.

O apoio financeiro anunciado tinha como objetivo garantir um preço mínimo de 46 euros por tonelada à entrada do parque e de 25 euros por tonelada de madeira em pé, a ser paga ao produtor.

Relativamente aos parques para madeira de trituração, o valor do apoio era de 1,50 euros por tonelada – até um montante máximo de 250.000 euros por parque.

Do montante global até agora validado pelo ICNF, foram pagos aos parqueadores 54.102,99 euros. Aos produtores florestais afetados pelos fogos foi “validado para pagamento” o montante de 5477,36 euros. Porém, essa verba ainda não foi liquidada.


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