Oleiros, no distrito de Castelo Branco, teve, até agora, os dois maiores incêndios do ano.
A área ardida em 2020 em Portugal já é a maior dos últimos três anos, só sendo ultrapassada por 2017, ano dos mega-incêndios que atingiram a região Centro.
O incêndio a atingir este ano, na última semana, o concelho de Oleiros, teve um contributo decisivo para estas contas que colocam Portugal como o segundo país com mais área ardida na Europa.
Segundo o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, que se baseia em imagens de satélite, já arderam este ano em Portugal perto de 61 mil hectares, um número apenas ultrapassado pelos 79 mil da Roménia.
O número de fogos registados em Portugal neste sistema europeu, que só contabiliza aqueles que queimam mais de 30 hectares, também passou de 88 em 2018 para 224 em 2019 e 391 em 2020.
Dos 61 mil hectares ardidos até agora, quase metade arderam já em setembro e perto de 12 mil no incêndio que na última semana atingiu Oleiros e que passa ser o maior do ano.
Curiosamente, o segundo maior fogo do ano atingiu o mesmo concelho do distrito de Castelo Branco, Oleiros, em julho, afetando, na altura, 5.600 hectares.
A área ardida contabilizada pelo sistema europeu para Portugal, em 2020, já ultrapassa, largamente, a registada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em 2018 (42 mil hectares) e 2019 (38 mil), mas fica muito longe dos mais de 500 mil hectares atingidos pelas chamas em 2017.